Santa Catarina forma novas turmas do Programa Mulheres Cooperativistas
Florianópolis (29/8/16) – O Sescoop/SC formou, neste mês, novas turmas do Programa Mulheres Cooperativistas, com a parceria de três cooperativas do Estado. As solenidades foram marcadas por emoção, comemoração e sentimento de missão cumprida em eventos que reuniram 35 associadas/esposas de sócios da Cooperja, de Jacinto Machado, 19 associadas e esposas de associados da Coopersulca e outras 19 da Cersul, ambas de Turvo, além de familiares, dirigentes das cooperativas e representantes do Sescoop/SC.
Segundo a coordenadora social da Coopersulca, Eliete De Costa Marques Giusti, essa foi a segunda turma formada. Ela conta que a Coopersulca foi convidada em 2013 a desenvolver o projeto piloto no programa e aceitou o desafio que tem dado muito certo. “A transformação foi espetacular e notória durante o curso”.
Eliete complementa que no início as participantes eram tímidas, mas ao longo dos encontros, foram soltando-se e libertando-se dos entraves que as envolviam. “O entrosamento do grupo foi excelente. Os depoimentos emocionados de algumas mulheres sobre os obstáculos, medos vencidos graças ao trabalho desenvolvido durante as atividades, mostraram que o curso foi realmente libertador e transformador na vida delas, tornando-as fortes e vencedoras. Recebemos muitos agradecimentos e é gratificante observar a evolução de cada uma”.
Para o presidente da Coopersulca, Arlindo Manenti, é visível a diferença desde o momento em que iniciou o trabalho de aprendizado do Programa Mulheres Cooperativistas. A satisfação delas é grande devido à valorização que receberam dentro do sistema cooperativo e também pela oportunidade de conhecer melhor a sua própria cooperativa.
“Esse conhecimento permitiu um diálogo maior com a família sobre os assuntos referentes aos seus negócios. Também percebemos uma participação mais ativa, da família como um todo na Coopersulca. E isso ocorre devido à importância do papel da mulher dentro da estrutura da família”.
A coordenadora social da Cooperja, Elisabete Biz dos Santos, realça a importância do programa e enfatiza que a formatura marca uma nova fase para o novo Núcleo Feminino formado na Cooperja. “Foi uma cerimônia muito bonita, que assinalou a entrega dos certificados e a comemoração da conquista. Hoje, a cooperativa conta com dois Núcleos Femininos, que estão distribuídos nas regiões de Último Rio, Pinheirinhos, Três Irmãos e Tenente”.
As solenidades de formatura contaram com a presença de dirigentes e representantes das cooperativas. Em cada evento, o educador Ney Guimarães proferiu palestra e detalhou a evolução das mulheres durante o processo educacional/cooperativo.
Para a coordenadora de promoção social do Sescoop/SC, Patricia Gonçalves de Souza, é gratificante formar essas novas turmas e perceber os resultados significativos em cada grupo. “O Programa Mulheres Cooperativistas visa incentivar o fortalecimento da cooperativa e do cooperativismo, estimulando atitudes, habilidades e competências necessárias para a melhor atuação feminina no quadro social cooperativista. É um orgulho observar que esses objetivos vêm sendo alcançados com tanto êxito”, finaliza.
PROGRAMA – O Programa Mulheres Cooperativistas iniciou em 2013, como projeto piloto na Coopersulca e na Coopera, e passou a ser disponibilizado, em 2014, às demais cooperativas que manifestaram interesse em participar. Desde então, até o momento foram formadas 17 turmas com a participação de mais de 590 mulheres de 14 cooperativas do Estado. O programa está fundamentado em quatro eixos temáticos principais: cooperativismo, liderança cooperativista e protagonismo feminino, bem como organização do quadro social. Ao todo, são seis módulos e a última etapa consiste na organização/constituição do núcleo feminino.
Entre os resultados esperados, além da constituição de núcleos femininos e projeção de potenciais cooperadas e de lideranças cooperativistas, estão o maior envolvimento e participação ativa da mulher na cooperativa, ampliação do comportamento empreendedor e do protagonismo feminino, fidelização da família associada, fortalecimento da identidade cooperativista e valorização da mulher.
Segundo Patrícia, um dos fatores determinantes para o sucesso do programa é o apoio e o compromisso dos dirigentes da cooperativa durante todo o processo de formação e, posteriormente, na organização e desenvolvimento do núcleo feminino. “Após a conclusão dos módulos do programa, a cooperativa assumirá a coordenação do núcleo formado, a partir da elaboração de um planejamento voltado para viabilizar, na prática, uma efetiva participação das mulheres, tanto nas assembleias, quanto nos núcleos ou comitês de lideranças e comunidade e, ainda, promover a manutenção e o fortalecimento do grupo com ações/projetos de formação continuada", finalizou. (Fonte: Sescoop/SC)