Cafezinho com Coop movimenta Câmara dos Deputados

A degustação Um Cafezinho com Coop está rendendo excelentes comentários nos corredores do Congresso Nacional. Desde terça-feira (23), quem passa pelo Anexo II da Câmara dos Deputados logo para se servir de cafés especiais produzidos pelas cooperativas Cocamar, Cocapec, Coxupé, Cooabriel e Nater Coop. O evento, que segue até esta quinta-feira (25), é apoiado pelo Sistema OCB e pela Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) – que completa 50 anos em 2023 – e foi realizado em comemoração ao Dia Nacional do Café, celebrado em 24 de maio. Os parlamentares que prestigiaram o evento foram incisivos ao dizer que os espaços do Congresso Nacional precisam servir a bebida produzida por cooperativistas.

“Se somos o maior país exportador e o segundo maior consumidor, devemos agradecer aos produtores que organizaram nossas cooperativas. Sem elas a agricultura não estaria deste tamanho e a indústria da cafeicultura não teria chegado aos seus 50 anos”, afirmou o secretário-geral da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), deputado Evair de Melo (Progressistas-ES).

O parlamentar é autor de diversas propostas que tramitam no Congresso em prol do setor cafeeiro, entre elas, o Projeto de Lei 6.021/19, que institui a Política Nacional de Incentivo à Produção de Café de Qualidade. Para além de impulsionar a exportação do café brasileiro, com elevação do padrão de qualidade, estímulo à produção, industrialização e comercialização, Evair de Melo também quer levar os cafés especiais para os espaços do Legislativo.

“Quando chegamos aqui na Casa, em 2015, o café era nota 45, alteramos a peça de compras de café e subimos para 65, o que ainda é muito baixo. A burocracia é enorme, mas estamos trabalhando junto à Mesa Diretora para mudar o contrato e permitir a aquisição destes cafés especiais para que possamos estimular o setor cada vez mais. Afinal, quem toma café de qualidade consome a segunda xícara”, frisou.

As cooperativas são responsáveis por 53% da produção nacional do grão e tem em seu quadro a maior cooperativa exportadora de café do mundo. “No cooperativismo a bebida vale muito mais que seu sabor, a produção de café leva prosperidade a milhares de famílias que, por consequência, tornam os negócios mais prósperos, deixando riqueza também nas regiões onde atuam para suas comunidades”, endossou a superintendente do Sistema OCB, Tania Zanella.

O presidente da Frencoop, deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), destacou que o café é mais que uma bebida, é um evento social. “Se queremos nos encontrar, marca um café. Se há divergências, um café pode diminuir as distâncias. O café é mais que um produto, é uma questão cultural do Brasil e do mundo. É uma cultura que nos orgulha muito e precisamos parabenizar e agradecer a todos os produtores, indústria e comercializadores.  Nosso café tem mais que qualidade, ele agrega valor porque é produzido com sustentabilidade”, enfatizou Jardim.

Ainda no campo poético, o deputado Domingos Sávio (PSDB-MG) declarou que “a produção de café é quase uma obra de arte”. Segundo ele, “temos cafés que são degustados como uma raridade e o café das cooperativas são referência no mundo”. O parlamentar relatou empenho para estimular ainda mais o setor para que o processo de industrialização do grão também seja feito dentro do país. “Boa parte do nosso café é industrializado fora e o Brasil precisa acordar para isso e gerar mais emprego, maior valor e mais riquezas”.

O presidente da Abic, Pavel Cardoso, salientou a pujança do grão que está presente em 98% dos lares brasileiros. Ele se mostrou otimista com o estabelecimento do padrão oficial de classificação do café torrado, previsto na Portaria 570/22. “Agora nosso próximo passo é melhorar a qualidade atribuída no ambiente regulamentar do café. Temos certeza que vamos oferecer um produto cada vez melhor. O Brasil tem a maior diversidade de origens dos grãos. É o melhor café do mundo em quantidade e qualidade”, frisou.  

 

 

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