Cooperativas impulsionam o progresso do cerrado

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Além da pesquisa, o desenvolvimento da agricultura no cerrado brasileiro foi impulsionado pelos produtores rurais, cooperativas e empresas que por lá se instalaram. A produção na região se tornou um negócio de grandes proporções e atrai investimentos pesados de companhias brasileiras e multinacionais de diferentes segmentos.

Nesse contexto, as cooperativas têm um papel importante no desenvolvimento agrícola do cerrado, embora ainda não totalmente explorado. Segundo o presidente do Sistema OCB/Sescoop, Márcio Lopes de Freitas, os primeiros assentamentos agrícolas no cerrado já seguiam o modelo cooperativista. De acordo com dados do sistema cooperativista, em 2005 o número de cooperativas agropecuárias na região chegou a 218 com 110.941 associados. No Brasil existem 1.514 cooperativas voltadas para o setor agropecuário.

As cooperativas, segundo Freitas, respondem por 40% da produção brasileira de grãos. No cerrado, porém, a participação é menor. "Elas ainda não se fazem tão presentes pelo porte da agricultura praticada na região, com grandes produtores individuais que têm maior autonomia e poder de barganha", disse.

Ele ressalta, no entanto, que com o tempo o processo de socialização torna-se natural e a tendência é que o número de cooperados aumente. "Mesmo sendo de grande porte o produtor percebe a importância de se organizar e começam a surgir as cooperativas. O objetivo é aumentar a escala de produção e o poder de negociação, além de reduzir custos", acrescentou.

Apesar da pesquisa e do empreendedorismo, o cerrado ainda tem obstáculos a superar. Um dos principais é a logística. Boa parte da produção da região ainda é levada para os portos de caminhão por estradas muitas vezes de má qualidade, o que onera os produtos e, dependendo do caso, pode tirar sua vantagem competitiva. (Fonte: Agência de Notícias Brasil-Árabe)

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