Guedes recebe 16 lideranças cooperativistas

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Guedes recebe 16 lideranças cooperativistas 

A necessidade de reavaliar o conceito de índice de produtividade, a capitalização das cooperativas, a renegociação das dívidas antigas e a prorrogação das parcelas de custeio foram alguns dos itens da pauta que levou 16 lideranças cooperativistas à audiência com o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Luís Carlos Guedes. A reunião, na tarde desta quarta-feira (9/8) na sede do Mapa, em Brasília (DF), marcou o primeiro encontro do ministro empossado em julho deste ano, com representantes do Sistema OCB/Sescoop, que compareceram a convite do presidente Márcio Lopes de Freitas(foto).  

Guedes afirmou que, devido às eleições, os índices de produtividade não vão sair este ano. Conhecedor do assunto, explicou que existe, sim, uma demanda para atualizar esses índices – os que constam na Constituição são de 1975 – e os resultados dos estudos realizados pelo Mapa já estão na Casa Civil. “Posso assegurar que não será feito nada este ano sobre o assunto”, enfatizou o ministro, assinalando que o tema será examinado oportunamente pelo conselho Nacional de Política Agrícola. Outra questão em pauta foi a liberação pelo BNDES de recursos para o capital de giro. “Há dois meses saíram as instruções, mas o BNDES não soltou a circular”,  disse o presidente da Ocepar, João Paulo Koslovsky. O ministro garantiu que resolverá essa pendência até o final desta semana. 

Avanços e pendências – O presidente Márcio Lopes de Freitas manifestou o apoio e o respaldo do Sistema OCB/Sescoop à gestão do atual ministro. Entregou uma cópia do Plano do Brasil Cooperativo, para o qual pediu o empenho de Guedes, e apresentou uma lista de avanços e pendências para o setor agropecuário cooperativista. Duas questões em tramitação no Congresso Nacional foram apresentadas por Freitas: a Lei das Cooperativas e a regulamentação das cooperativas de trabalho. “O cooperativismo de trabalho e a economia solidária são coisas diferentes, mas às vezes acabam confundidas em algumas esferas da administração pública”, afirmou o presidente da OCB/Sescoop. Freitas também ressaltou a necessidade de se reconhecer o ato cooperativo. 

Outra reivindicação se refere ao fim da oscilação no preço do leite para os produtores. “Queremos acabar com essa oscilação estabilizando o preço, assim como foi feito com a soja e com o milho”, afirmou o presidente da OCB/Sescoop. O diretor do departamento econômico da CBCL, Vicente Nogueira Netto, lembrou ainda que o preço de mercado do leite está abaixo do custo operacional.  

Além das pendências, algumas medidas estruturantes estiveram na pauta da reunião. Nesse ponto, foi pedida prioridade para a proposta de captação de recursos e o programa de garantia de renda, além da desoneração tributária da cadeia produtiva, a liberação de registro de agroquímico e a extensão dos benefícios tributários a todos os produtores do biodiesel. 

Depois de ouvir as reivindicações do setor, Guedes chamou a atenção para a necessidade de revisão nas políticas agropecuárias. “Não adianta fazer mais do mesmo. Será que todos os anos viveremos as oscilações agrícolas?”, indagou. Sobre a proximidade das eleições presidenciais, Guedes afirmou que sua equipe trabalha para garantir o mínimo de continuidade na próxima administração. “Por isso, estamos montando algumas diretrizes e implementando o planejamento estratégico para continuidade na próxima gestão”, disse. 

No final da reunião, que durou quase duas horas, o presidente do Sistema OCB/Sescoop convidou o ministro para ser um dos palestrantes do V Seminário Tendências do Cooperativismo Contemporâneo, que será realizado de 27 a 30 de novembro, em Manaus (AM).  O Brasil tem hoje cerca de 880 mil produtores rurais em 1,5 mil cooperativas do ramo Agropecuário, espalhadas nos 27 estados do Brasil. Clique aqui e acesse o documento com as reivindicações do Sistema OCB/Sescoop ao governo federal.

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