Presidente da OCB prevê aumento de safra e renda agrícola em 2007
Para a reversão do quadro de crise que acometeu o setor nos últimos anos, Freitas admite que as ações do governo federal, como o alongamento das dívidas do setor e a renegociação de prazos para pagamento, são uma abertura para que se possa ter uma perspectiva de futuro. Ressalta, porém, que o produtor está mais cauteloso. “O agricultor está mais prevenido e não investiu tanto”, assinala.
“A crise tirou a estabilidade do produtor rural”, justifica o presidente do Sistema OCB, ao qual está vinculado o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooeprativismo (Sescoop). Freitas lembra que a conjugação de fatores como a seca na região Sul do país, a queda nas cotações das commodities no mercado internacional e o câmbio desfavorável levaram o setor à menor produção e renda.
Freitas afirma que o endividamento existe e para ser quitado é preciso produzir. As condições dos mercados estão mais favoráveis para isso. Além disso, o agricultor está gerenciando o processo, o seu negócio com uma conduta mais profissional. “Acaba sendo um processo de amadurecimento por meio da crise”, admite, assinalando que as cooperativas, enquanto o braço econômico dos produtores, tem papel fundamental no melhor desempenho setorial. Afinal, elas respondem por 33% do PIB agrícola do país.