Este artigo tem como objetivo analisar o nível de eficiência na aplicação dos recursos públicos na função gestão ambiental dos municípios de Santa Catarina. Foi proposto um ranking de eficiência dos municípios da amostra, utilizando da Análise Envoltória de Dados (Data Envelopment Analysis - DEA), com modelo BCC e orientação a output. A pesquisa classifica- se como quantitativa, e utilizou-se dados secundários referentes aos anos de 2012, 2014, 2016, 2018, coletados do Tribunal de Contas de Santa Catarina (TCE/SC) e da Federação Catarinense de Municípios (FECAM). Os resultados encontrados apontam uma discrepância entre os municípios da amostra no que tange ao investimento na função gestão ambiental. Os resultados demonstram heterogeneidade, e que os dispêndios ambientais ainda são incipientes diante do orçamento total. Os dados demonstram que os dispêndios são pouco representativos e houve um avanço tímido dos gastos ambientais dos municípios neste período. A análise efetuada demonstrou que, em média, 71% dos municípios analisados foram considerados eficientes, dos quais se destacam a região Norte e Vale do Itajaí. O Coeficiente de Correlação de Pearson não apresentou correlação positiva forte entre a escala de eficiência construída e o gasto com a função gestão ambiental dos municípios, o que pode indicar que gastar mais com essa função não torna, a priori, o município eficiente, se não for acompanhada de uma boa gestão dos recursos públicos. É importante considerar que utilização eficiente dos recursos públicos impacta as atividades econômicas, sociais e ambientais, que podem ser ambientalmente benéficas ou não, e que para esse fato todas as decisões estatais que afetam as finanças públicas precisam ser legitimadas.