Resíduos eletrônicos (e-waste) são uma das categorias mais críticas em relação à tomada de decisão para o gerenciamento de resíduos. O Brasil é o segundo maior produtor de e-waste nas Américas, depois dos EUA, com 1,5 milhão de toneladas geradas anualmente. No entanto, a falta de um sistema adequado de logística reversa de e-waste é uma realidade na maioria das cidades brasileiras. Neste estudo, propomos uma análise de cenário para apoiar a tomada de decisão no gerenciamento de e-waste no Rio de Janeiro. Analisamos a quantidade de e-waste gerada, a localização das empresas de reciclagem desse segmento e as rotas de coleta na região metropolitana do Rio de Janeiro. Além disso, propomos um conjunto de critérios e indicadores para identificar a melhor opção para o gerenciamento de e-waste. Os resultados indicam que o Rio de Janeiro é o maior produtor de e-waste na região metropolitana, com uma quantidade de aproximadamente 127 toneladas por dia. Identificamos 24 indústrias de reciclagem de e-waste que atendem à demanda atual do Rio de Janeiro, a maioria concentrada nas regiões central e sul da região metropolitana. Propomos 12 indicadores, nas dimensões ambiental, econômica e social, para a escolha das melhores rotas de logística reversa de e-waste. Trinta e cinco pontos de geração de e-waste foram identificados e divididos em cinco rotas principais de acordo com as indústrias de reciclagem próximas e as estradas locais. A mineração urbana de e-waste parece ser uma alternativa interessante para a recuperação de matérias-primas secundárias, especialmente em um país de economia emergente como o Brasil, que consome uma grande quantidade de dispositivos eletrônicos e exige soluções compatíveis com a legislação ambiental. Este estudo contribui para um padrão de desenvolvimento mais sustentável em relação ao gerenciamento de e-waste no país, reforçando a importância da circularidade.