Celebração do Dia C está chegando

A celebração do Dia de Cooperar (Dia C) acontece em um mês e as cooperativas brasileiras, junto com as unidades estaduais do Sistema OCB, estão a todo vapor preparando um super evento para comemorar os 10 anos da maior iniciativa de estímulo às iniciativas voluntárias diferenciadas, contínuas e transformadoras, realizadas no país.

Segundo a gerente geral do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop), Karla Oliveira, as ideias das cooperativas já conquistaram o reconhecimento da ONU, ultrapassam a casa dos 10 milhões de atendimentos e já percorreram centenas de municípios brasileiros. Confira!

 

Qual a expectativa para a celebração deste ano?

Nossa expectativa é a mais positiva possível. Já temos confirmadas ações a serem realizadas simultaneamente em cerca de 400 cidades brasileiras. O que pretendemos é repetir o sucesso dos anos anteriores. Vale lembrar que o Dia de Cooperar é um movimento de ações realizadas por cooperativas ao longo de todo o ano e, assim, o que acontece no sábado, dia 6 de julho, é a celebração dessas ações. Nossa intenção é chamar a atenção da sociedade, mostrando o compromisso das cooperativas com a transformação socioeconômica dos lugares onde elas estão localizadas. Para nós, cooperar é cuidar das pessoas que estão à nossa volta.

 

Quais os números do Dia C?

O Dia C é um grande movimento nacional de estímulo às iniciativas voluntárias diferenciadas, contínuas e transformadoras, realizadas por cooperativas, com o irrestrito apoio do Sistema OCB e de suas unidades estaduais, e faz parte da agenda estratégica do cooperativismo brasileiro.

A ideia surgiu em Minas Gerais, há 10 anos, e está alinhada aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU, objetivando a erradicação da pobreza extrema no mundo até 2030. Todos os anos, cerca de 1,5 mil cooperativas beneficiam mais de dois milhões de pessoas, por meio do trabalho de quase 121 mil voluntários.

Ah, vale destacar também o seguinte: se considerarmos desde os 10 anos do Dia C, já tivemos mais 7,7 mil iniciativas e mais de 10 milhões de atendimentos. As ações do Dia de Cooperar já alcançaram 1/5 dos municípios brasileiros.

 

Qual a importância de se estar alinhado aos ODS da ONU?

Estarmos alinhados aos ODS é essencial, pois nos mostra que fazemos parte de um movimento muito maior – global – por meio do qual, as pessoas que já descobriram o potencial transformador das atitudes simples se empenham em construir um mundo cada vez mais justo, feliz, equilibrado e com melhores oportunidades para todos.

Um levantamento interno mostrou que cada ação realizada pelas cooperativas brasileiras está vinculada a pelo menos um ODS e isso nos enche de orgulho, já que mostra, mais uma vez, o compromisso das cooperativas em assumir seu protagonismo nesse processo de transformação social.

Vale destacar que a própria ONU já reconheceu a atuação das cooperativas brasileiras. Em julho do ano passado, o Sistema ONU no Brasil, por meio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) assinou um memorando de entendimento com a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e com o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop). O objetivo foi a assegurar a possibilidade de desenvolvimento conjunto de iniciativas ainda mais abrangentes e com amplo impacto social.

Ah, e esse documento foi assinado depois de várias manifestações da própria ONU sobre as ações das nossas cooperativas. Em julho de 2017, por exemplo, os resultados do Dia C foram apresentados na assembleia geral da ONU, em Nova Iorque. Então, o olhar da ONU sobre o que as cooperativas realizam aqui no Brasil é fundamental para chancelar nosso esforço de contribuir com a erradicação da pobreza extrema no mundo até 2030.

 

Como motivar as cooperativas as estarem sempre engajadas?

Esse é, na verdade, o nosso grande desafio: engajar cada vez mais, um número maior de cooperativas nesse movimento. É muito importante que as cooperativas tenham em mente que elas é que fazem o Dia C acontecer, de fato. Nós, tanto da Unidade Nacional, quanto das unidades estaduais estimulamos as ações por meio da distribuição de materiais e da divulgação das ações, mas quem idealiza e mobiliza voluntários e parceiros é a cooperativa.

 

Poderia citar algum exemplo de transformação ocorrida graças ao Dia C?

Temos vários exemplos de transformação social, sim. Pessoalmente, gosto muito de contar a história de uma moradora de rua, em São Luís (MA), que após receber o apoio de uma cooperativa passou de assistida a voluntária. Graças a ação de desenvolvimento humano, essa mulher conseguiu poupar dinheiro e, assim, colocar o filho dela na escola. A ação de uma cooperativa mudou a realidade de uma família e isso tem muito valor.

Além dessa, há inúmeras ações que mudam a vida das pessoas, em especial a de jovens em situação vulnerável. Por exemplo: já documentamos as aulas de balés oferecidas à população indígena de Roraima, as aulas de música para crianças e adolescentes no Rio de Janeiro, aulas de atividades esportivas em Mato Grosso do Sul, enfim, muita transformação.

Temos também idosos que voltaram a enxergar após cirurgias de catarata realizadas por uma cooperativa, durante um grande mutirão de voluntários; há, ainda, projetos voltados à inserção social de detentos e diversas ações de recuperação de áreas degradadas, limpeza de rios, praias e orlas.

Nós temos, inclusive, uma revista que está na sexta edição que retrata bem esses exemplos. As edições podem ser baixadas diretamente do site do Dia C (clique aqui). Como será possível ver, de Norte a Sul do país, temos inúmeros exemplos de que cooperar por um mundo melhor vale muito a pena.

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