Ciro Gomes participa de evento da Ocemg e do Sescoop/MG
Ao traçar um panorama da Conjuntura Político-Econômica Brasileira, com foco nos novos desafios para viabilizar o desenvolvimento sustentável, o ex-ministro aponta algumas ameaças e oportunidades. Lembra que o empreendedor de pequeno porte precisa se associar a outros para ganhar em escala e eliminar as hostilidades da competição global. “Isso faz da economia um exercício de promoção do bem-estar sem predar os recursos naturais e o entorno sócio-econômico e ambiental em que está inserido, o que é a essência do coooperativismo”, diz.
Segundo Ciro Gomes, deve haver financiamento mais acessível, melhores condições para empreender, levando em consideração o componente tecnológico, e um trabalho voltado para uma economia de grande escala. Neste contexto, governo, empresários e acadêmicos são setores estratégicos que devem trabalhar de maneira alinhada para o desenvolvimento do país. Argumenta, porém, que há elementos que precisam ser institucionalizados, questões graves que devem ser equacionadas de forma a evitar que se tornem um surto de curto prazo, independente de momentos internacionais mais ou menos generosos, vividos pelo Brasil lá fora e que já começam a esfriar.
Do ponto de vista político, Ciro Gomes disse que o Brasil se encontra num momento favorável para resolver os problemas estruturais que têm a ver com o sistema tributário, financiamento da Previdência Social e com a equação da política monetária, que ainda é uma hostilidade grave ao empreendedor brasileiro. É preciso, segundo ele, pensar também na justa posição da moeda brasileira em relação ao dólar, visto que para alguns setores esse já é um fator hostil. Ao traçar o cenário positivo dessa agenda, o ex-ministro conclui que não há nenhum problema que o Brasil não possa equacionar, pois, “não há nenhuma interdição física que nos impeça de resolver nossos problemas,” afirma.
Já para o presidente do Sistema Ocemg-Sescoop/MG - Ronaldo Scucato, a Entidade fecha, com chave de ouro, o ano de 2008, promovendo um debate rico e valoroso, que coloca em evidência assuntos tais como: qualidade de vida e o respeito à pessoa humana, sob a égide da responsabilidade social. “Essa bandeira pertence ao cooperativismo e ela precisa ser valorizada em todas as áreas da atividade humana, especialmente, nos campos político e econômico. Falo de uma economia social, de um mercado a serviço da felicidade das pessoas”, ressalta.
“A Importância da Conduta Ética Transparente e seus Impactos nas Pessoas e na Condução dos Negócios” também é um dos assuntos em debate. Para o professor Lélio Lauretti, presidente do Comitê de Ética do Instituto Brasileiro de Relações com Investidores (IBRI), o sentido prático de ética se consolida por meio das ações que as organizações e os indivíduos disponibilizam na construção de uma sociedade menos injusta e mais equilibrada. “O profissional orientado pela ética age em torno do bem comum, da solidariedade e do respeito pelos outros”, reforça.
O Seminário traz, ainda, painéis sobre a “Implantação de um modelo de Responsabilidade Social Corporativa” e “Alternativas para a produção de energia elétrica por fontes renováveis” e será encerrado com a palestra “Política de Responsabilidade Social – um caminho para a sustentabilidade nos negócios”, a ser ministrada pelo consultor Benedito Nunes.Eficaz 3: Da esquerda para a direita: presidente do Sicoob Central Crediminas e Sicoob Brasil, Heli de Oliveira Penido; ex-ministro da Integração Social, Ciro Gomes; presidente do Sistema Ocemg-Sescoop-MG, Ronaldo Scucato e o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Márcio Araújo Lacerda (Fonte: Sistema Ocemg/Sescoop-MG - Foto: Wilson Avelar)
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