Cooperativismo: aliado natural da economia verde

Brasília (26/4/21) – Enfrentar a crise climática requer uma cooperação global sem precedentes, bem como um senso comum de urgência. Esse enfrentamento é o que fará a diferença entre um futuro promissor ou não. É por isso que as cooperativas têm feito a parte delas para contribuir com essa transição para uma economia verde e um mundo mais sustentável.

O assunto ganhou ainda mais evidência nesta semana por causa da reunião da Cúpula de Líderes sobre o Clima, liderada pelo governo dos Estados Unidos e com a participação de diversos países, dentre eles, o Brasil.

Por aqui, as cooperativas, por meio da OCB, e o Ministério do Meio Ambiente (MMA) têm estreitado cada vez mais sua relação, possibilitando que elas sejam elos fortes nessa corrente de orientação da população sobre a urgência de se desenvolver um olhar estratégico sobre o meio ambiente. Quer alguns exemplos dessa parceria que visa entre outras coisas a diminuição da emissão gases como o carbono? Vamos lá:


PROGRAMA ADOTE UM PARQUE

A Coopecredi Guariba assinou, em março, um protocolo de intenções o MME, visando a adoção da Reserva Extrativista de São João da Ponta (PA). Com isso, tornou-se a primeira coop e a terceira empresa brasileira a participar do programa. A reserva é uma das 132 unidades de conservação que fazem parte da primeira etapa do Adote um Parque, cujo objetivo é para fortalecer a proteção de áreas federais. A assinatura do protocolo ocorreu no dia 17/3. (Leia mais)

 

PAGAMENTOS POR SERVIÇOS AMBIENTAIS

A OCB tem estimulado que as cooperativas façam parte da Política Nacional de Pagamentos por Serviços Ambientais. A ideia é que elas sejam inseridas cada vez mais nessa cadeia de incentivo à preservação dos recursos naturais.

De acordo com essa Política, os pagamentos por serviços ambientais podem ser aplicados em atividades individuais ou coletivas que favorecem a manutenção, a recuperação ou a melhoria dos serviços considerados de provisão, ou seja, que fornecem bens ambientais para consumo ou comercialização, como é o caso dos alimentos, serviços de suporte, aqueles que mantém perenidade da vida na terra como renovação da fertilidade do solo e controle de pragas e serviços de regulação, que dão manutenção ao meio ambiente como sequestro de carbono e controle de erosões.

Os pagadores de serviços ambientais podem ser o poder público, organização da sociedade civil ou agente privado seja pessoa física ou jurídica, nacional ou internacional. As formas de pagamento poderão ser feitas de forma direta, monetária, em dinheiro ou por comodatos, títulos verdes, cotas de reserva ambiental, prestação de melhorias sociais a comunidades rurais e urbanas ou por compensação vinculada à certificação de redução de emissões por desmatamento e degradação.

A política também cria o Programa Federal de Pagamentos por Serviços Ambientais. Neste programa, a União – por meio do Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama) será responsável por executar os pagamentos e será dada prioridade aos contratos fechados com comunidades tradicionais, povos indígenas, agricultores familiares, cooperativas e associações civis.

Entre os territórios que podem ser objeto do programa, estão incluídas as propriedades privadas, situadas na zona rural, desde que estejam inscritas no Cadastro Ambiental Rural. As reservas legais e áreas de preservação permanente dos imóveis também serão elegíveis aos pagamentos por serviços ambientais com recursos públicos.

 

ENERGIA

Além disso, a OCB também estimula que as cooperativas de energia elétrica façam parte da cadeia de geração renovável, contribuindo assim para que todo o sistema brasileiro possa caminhar na direção da sustentabilidade. Entre os materiais que apoiam as coops nesse sentido estão:

 

  • As energias renováveis no cooperativismo (clique aqui)
  • Coopere e gere a própria energia (clique aqui)
  • Novo Código Florestal e Cadastro Ambiental Rural (clique aqui)
  • Guia de constituição de cooperativas de geração distribuída fotovoltaica (clique aqui)

 

UMA BANDEIRA, MUITAS MÃOS

“As cooperativas são parceiras naturais do desenvolvimento socioeconômico das nações. E nós sabemos que não há desenvolvimento sem que haja todas as questões que envolvem a sustentabilidade do planeta sejam levadas em consideração. A seu favor, as coops têm além do seu sétimo princípio – o interesse pela comunidade, a capacidade de mobilização social, pois são empresas de pessoas, atuando para pessoas. É muita gente envolvida na rotina da cooperativa, por isso, quando uma coop levanta uma bandeira, muitas pessoas estão sustentando esse movimento, transformando a realidade”, finaliza Márcio Lopes de Freitas, presidente do Sistema OCB.

Conteúdos Relacionados