CT Social alinha cooperativismo brasileiro aos objetivos da ONU
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Grupo debateu boas práticas para engajar movimento nas metas de sustentabilidade global
Aconteceu, nesta quarta-feira (25), a primeira reunião da Câmara Temática Social (CT Social) do Grupo de Trabalho ESGCoop do Sistema OCB, em Belo Horizonte. O Sistema OCB coordenou o encontro, que teve como foco o desenvolvimento de projetos de impacto social para o cooperativismo, além de discutir a importância do alinhamento das cooperativas com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Organização das Nações Unidas (ONU).
Pacto Global e dos ODS, além de ressaltar a declaração de 2025 como Ano Internacional das Cooperativas. O evento foi aberto com a participação de Andrew Allimadi, representante das Nações Unidas para assuntos de cooperativismo, que destacou a relevância das cooperativas no cenário global e sua capacidade de contribuir para a resolução de desafios sociais, econômicos e ambientais. Ele reforçou a importância do
De acordo com Andrew, ao escolher o cooperativismo como tema central, a ONU reafirma sua confiança no modelo de negócios como uma ferramenta eficaz para acelerar o cumprimento das metas globais de sustentabilidade. "O cooperativismo é visto pela ONU como um dos principais aliados na promoção de uma economia mais inclusiva e sustentável, capaz de enfrentar os grandes desafios globais”, afirmou.
Na sequência, Débora Ingrisano, gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB, compartilhou as iniciativas que o Sistema OCB vem promovendo para engajar as cooperativas com a agenda ESG e os ODS. “Discutimos estratégias para a coleta de indicadores qualificados do cooperativismo, com o intuito de compilar informações que possam refletir o impacto social e ambiental das cooperativas. Isso é fundamental para alcançarmos um nível mais elevado de reconhecimento nacional e internacional, além de gerar dados consistentes para o primeiro relatório de impacto social do cooperativismo brasileiro, previsto para 2025", explicou.
Débora apresentou a Solução Gestão e Impacto Social, projeto sistêmico coordenado pelo Sistema OCB, que objetiva orientar sobre como organizar e relatar projetos, com registros detalhados sobre a transformação gerada por suas ações. A solução conta com cinco etapas.
“A plataforma visa aprimorar a qualidade dos projetos, dos relatórios e dos registros dos impactos sociais gerados pelas cooperativas. Além disso, a iniciativa oferece workshops de sensibilização dos envolvidos, com a promoção de uma gestão de comunidade, trilha de capacitação e organização do processo de monitoramento, que inclui uma avaliação contínua e o acompanhamento dos progressos realizados. O processo se consolida com a elaboração de um relatório anual de impacto social do cooperativismo, com resultados e, o mais importante, astransformações alcançadas”, descreveu Débora.
Aureo Gionco Jr, consultor da Bússola Social, também fez uma apresentação detalhada sobre o framework da plataforma de Gestão e Impacto Social, com destaque para a necessidade de uma definição clara dos problemas que os projetos buscam solucionar.
Ele afirmou que a inclusão de indicadores sociais específicos é essencial para garantir que os resultados reflitam o verdadeiro impacto social gerado pelas cooperativas. "O cooperativismo já representa o maior modelo de negócios de investimento social no Brasil, mas sem indicadores precisos e metas claras, esse impacto ainda não é totalmente reconhecido. O desafio é construir ferramentas que demonstrem, no curto e médio prazo, o alcance real das ações sociais e ambientais dessas organizações”.
Ao final do encontro, foram apresentados exemplos de cooperativas que já estão adotando práticas alinhadas aos ODS, e mostram que o setor está comprometido em promover um desenvolvimento sustentável e contribuir com as metas estabelecidas pela ONU.