Da sala de aula para a comunidade

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Em seus oito anos de existência, professores de diversos Estados têm buscado desenvolver múltiplos projetos com vistas à divulgação dos princípios, doutrina e filosofia cooperativista entre crianças do ensino fundamental. Na Semana Nacional do Cooperjovem, esta diversidade ficou mais evidente, porém com um ponto em comum: o envolvimento dos profissionais de educação com a missão do Programa.

Maria Aparecida de Carvalho, professora do Colégio Criativo, que é administrado pela Cooperativa de Educadores do Rio Grande do Norte, em Natal (RN), é uma das mais recentes integrantes da equipe Cooperjovem. A escola iniciou no programa em 2008 e já tem exemplos de cidadania a dar. “Estamos desenvolvendo um projeto onde os alunos tratam o lixo reciclável da escola e levam a prática para casa. Todo o material recolhido e tratado por eles ajuda a sustentar uma família de oito pessoas, que nós mesmos detectamos”, relata ela.

Hoje, somente uma turma do quinto ano está envolvida no trabalho. A partir de 2009, a professora espera engajar as outras oito salas da escola. Segundo Maria Aparecida Carvalho, além de fornecer o material reciclado, o projeto do Cooperjovem desenvolvido pelas crianças está ensinando a família que depende dos donativos a negociar com a indústria compradora.

Claudete Leite Siqueira, professora e funcionária da Secretaria de Educação do Município de São José do Egito (PE) também compartilhou com os outros participantes da Semana, sua experiência com o Programa. Seu município trabalha com o Cooperjovem desde 2005. Na época eram três escolas urbanas passando para atuais 13, com 2000 alunos. “Em 2009 pretendemos ampliar para 16 unidades de ensino”, antevê.

Semear boas iniciativas - Os projetos do Cooperjovem desenvolvidos no município têm impactos em toda a comunidade, avalia Claudete Siqueira. “A escola é referência para as pessoas que vivem a sua volta e tudo o que é trabalhado com o conceito da cooperação ganha facilmente a adesão da população”, afirma a professora. Segundo ela, a horta cooperativa, a coleta seletiva de lixo e as oficinas de arte, costura, música e culinária têm sido multiplicadas entre os moradores que copiam cada iniciativa. Para o próximo ano, o Cooperjovem de São José do Egito deve focar na preservação do meio ambiente.

Para a professora Ruth Carvalho, da Cooperativa dos Educadores Autônomos de Castanhal, localizada no município homônimo, no Pará, mesmo o Cooperjovem tendo iniciado este ano, já é percebida uma mudança de comportamento das crianças e das famílias. “A vivência da cooperação tem se estendido para dentro de casa”, explica.     

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