Energia Distribuída: fórum debate desafios e oportunidades

O Sistema OCB participou do Fórum de Energia Cooperativa, evento realizado nos dias 8 e 9 de junho pela Confederação Alemã das Cooperativas (DGRV). O objetivo foi debater os desafios e as alternativas para o crescimento do setor no Brasil, em especial, no que tange a cobrança de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Produtos (ICMS) sobre a energia produzida e consumida pelas cooperativas. O encontro reuniu representantes de cooperativas e instituições de apoio no país.

O coordenador de Meio Ambiente do Sistema OCB, Marco Morato, fez a moderação do painel Inovação social em energia e oportunidades nos resíduos agropecuários, além de comandar palestra como tema Apresentação de projetos e ações com as cooperativas de energia renovável. Segundo Morato, esse diálogo do movimento cooperativista é essencial para o avanço de políticas públicas que reconheçam o potencial do movimento na geração e distribuição de energia limpa.

 “O Fórum promoveu o debate dos principais desafios das cooperativas, que vão desde a organização do setor, adoção de ações de compliance e necessidade de um trabalho efetivo para a desoneração da atividade, principalmente na esfera tributária. O Sistema OCB tem muito a contribuir tanto na capacitação destas cooperativas, como em questões institucionais para avançar na desoneração da atividade", reforçou Morato.

A abertura do evento foi realizada pela diretora da DGRV-Brasil, Camila Japp e o primeiro painel abordou O movimento internacional da energia cooperativa. O debate destacou pessoas que atuam no centro da transição energética, com relato de experiências no mundo. Já o painel Ecossistemas de negócios das cooperativas de energia na Alemanha trouxe casos típicos das experiências alemãs no setor e potenciais lições para as cooperativas de energia brasileiras.

Outro tema de destaque no fórum foi o compartilhamento de produtos e serviços entre as cooperativas para o alcance de economia de escala, incluindo as tecnologias dos softwares de gestão. O aprimoramento da Resolução Normativa da ANEEL 482/12, que, entre outras medidas, permite ao consumidor brasileiro gerar sua própria energia elétrica a partir de fontes renováveis também foi explorado, assim como as oportunidades de negócios entre União Europeia e Brasil para a economia de baixo carbono; e a geração compartilhada no planejamento energético nacional.

O fórum salientou, ainda, discussões sobre o impulsionamento na diversidade de geração de energia compartilhada, a defesa dos interesses do movimento cooperativista; as oportunidades no hidrogênio verde para as cooperativas de energia renovável; a sustentabilidade do modelo de negócios cooperativista; os desafios e oportunidades; e o conhecimento e disseminação da plataforma Energia.Coop.

Em reuniões temáticas foram debatidos, além da questão do ICMS, os modelos inclusivos mais comunicação, mais crédito; e a intercooperação e centralização. Ao final do evento, o grupo tomou a decisão de se constituir uma federação representativa para atuar em defesa dos interesses destas cooperativas, bem como compartilhar soluções com elas.

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