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GT ESGCoop define lista de indicadores globais de sustentabilidade 

  • Artigo Secundário 3

Sugestões serão consolidadas para gerar rating robusto sobre as boas práticas do coop

 

O Grupo de Trabalho ESGCoop se reuniu novamente nesta terça-feira (5) para debater os indicadores globais de sustentabilidade que devem nortear o futuro sistema de rating ESG do cooperativismo no Brasil. O encontro contou com a participação de representantes de 15 entidades sistêmicas, cinco Organizações Estaduais (OCEs) e dez confederações e finalizou a primeira sugestão de lista de indicadores. “Nosso objetivo é mostrar ao mundo que o cooperativismo consegue ser sustentável em todos os aspectos, tanto no social, que é o objetivo do movimento, quanto no ambiental e na governança. Queremos comprovar que fazemos tudo de maneira economicamente viável”, afirmou Débora Ingrisano, gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB. 

O avanço na implementação das práticas ESG é, segundo Débora, estratégica para fortalecer a sustentabilidade nas cooperativas, alinhando-as com padrões globais que atendam as demandas de um mercado cada vez mais consciente. “Para isso, o Programa ESGCoop está estruturado em quatro pilares, ou entregáveis para as cooperativas, que são: Diagnóstico, Capacitação, Materialidade e Soluções para os critérios ESG. Embora o assunto não seja novo, a implementação ainda exige muita atenção das cooperativas, e nosso papel é apoiar e contribuir para que planos sejam elaborados e ao final, resultem em práticas e em relatórios qualificados para que cooperados e comunidades saibam sobre nossa atuação sustentável”, explica.

Débora acrescenta que o rating ESG contará com uma uma estrutura robusta de indicadores de sustentabilidade para que as cooperativas avaliem, monitorem e aprimorem continuamente suas práticas. “Organizados para atender as especificidades de cada setor do cooperativismo, esses indicadores vão permitir que cada cooperativa adapte suas ações de acordo com as exigências e oportunidades de seu mercado, promovendo uma gestão integrada e eficiente da sustentabilidade”, acrescentou.

Entre os principais indicadores ambientais, destaca-se o monitoramento de emissões de gases de efeito estufa (GEE), com foco na meta de neutralidade de carbono. Com eles, as cooperativas participantes podem medir sua pegada de carbono, identificar pontos de melhoria e estabelecer metas de redução e compensação, fortalecendo seu compromisso com o meio ambiente e aderindo aos padrões globais de sustentabilidade. 

Outro indicador ambiental importante é a eficiência energética, que avalia o consumo de energia e incentiva o uso de fontes renováveis, como solar, eólica e biomassa. Essa abordagem permite que as cooperativas reduzam seus custos e minimizem a dependência de recursos não renováveis, fortalecendo seu papel no desenvolvimento sustentável.

No aspecto social, o ESGCoop prioriza indicadores de inclusão, diversidade e equidade, que avaliam a presença e a valorização de diversidade nas cooperativas, incluindo gênero, raça e idade. Essa prática visa promover um ambiente de trabalho inclusivo, onde diferentes perspectivas são valorizadas, o que fortalece a inovação e o engajamento das equipes. Outro indicador social considerado essencial é o impacto social das ações cooperativas medido a partir de registros documentados dos benefícios que suas atividades trazem para as comunidades ao seu redor, criando uma relação de confiança e contribuição para o desenvolvimento social.

As atividades do encontro foram coordenadas pelas especialistas em sustentabilidade da Gália Consultoria, Rosilene Rosado e Marina Dall'Anese. A partir da lista de indicadores definidos, os membros do grupo irão analisar individualmente os dados, revisar e sugerir alterações que identificarem necessárias. Em seguida, as sugestões serão consolidadas para apresentação do resultado consolidado. 

“Esses indicadores fornecerão uma visão clara do compromisso do cooperativismo  com o desenvolvimento sustentável. Além disso, propiciará às cooperativas medir seus resultados em sustentabilidade e reforçar seu posicionamento como uma organização responsável. Com esses indicadores, as cooperativas poderão, ainda, realizar uma análise mais criteriosa de seus resultados e a partir disso, definir e acompanhar metas de curto, médio e longo prazo. Paralelamente, cooperativas de todos os ramos irão fortalecer suas relações com as principais partes interessadas, especialmente cooperados, colaboradores e comunidades”, declarou Rosilene Rosado.

 

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