Inventário de Gases de Efeito Estufa contribui para reduzir emissões
A cooperativa Aurora, em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), em Santa Catarina, elaborou o Inventário de Gases de Efeito Estufa (GEE) após realização de projeto-piloto em 34 propriedades rurais vinculadas à coop. O estudo, apoiado pelo Sistema OCB, identificou fontes e sumidouros e quantificou as emissões e remoções destes gases.
Segundo o coordenador de Meio Ambiente e Energia do Sistema OCB, Marco Morato, o documento é mais uma contribuição para mensurar o quão sustentável é o cooperativismo do Ramo Agro. “Esse projeto é importantíssimo e nos dá a dimensão do desafio que temos pela frente para mostrar o quanto o coop emite e sequestra estes gases, além de estar alinhado com o desafio nacional Neutralidade de Carbono, lançado pelo Sistema OCB. Estamos muito felizes com os resultados, que serão utilizados, inclusive, como forma de conhecimento e reconhecimento de que estamos a um passo para alcançarmos a neutralidade de carbono em todas as nossas atividades”.
Com o documento, as práticas das cooperativas Cooper A1, Cooperalfa, Auriverde, Caslo, Coolacer, Coopercampos, Coopervil, Copérdia e Cooperitaipu tornaram-se referências na proposição de metodologias e técnicas para mitigar e reduzir as emissões geradas pelas atividades agropecuárias. O estudo contou com a participação de produtores de proteína animal (suinocultura, bovinocultura de leite, avicultura de corte) e de agricultores.
O inventário reuniu para treinamento 32 técnicos cooperativistas, por meio do Sescoop/SC, para criar senso crítico sobre o contexto do carbono e sua influência nas mudanças climáticas. Entre os objetivos, permitir que que os produtores entendessem a dinâmica do gás e possam atuar para melhorar suas práticas e ganhar mercado dentro e fora do país. O estudo é baseado em regulamentações internacionais de sustentabilidade.
O vice-presidente de agronegócios da Aurora, Marcos Antonio Zordan, afirmou que o inventário é o início de um amplo trabalho desenvolvido pela coop. “Nossa região é uma grande produtora de suínos, frango e leite. Por isso, precisamos acompanhar a evolução do mercado também na sustentabilidade. Temos várias iniciativas nesse sentido e, nesse inventário, a participação dos produtores e dos técnicos foi fundamental. O estudo nessas propriedades foi um recorte, mas já pode nos dar um caminho para saber onde é possível mudar e, em casos de necessidade de melhorias, pensar em alternativas”.