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O Ministério do Meio Ambiente (MMA) oficializou, na última sexta-feira (9/11), a aquisição das imagens de satélite em alta resolução, que serão utilizadas como base de informação para o Cadastro Ambiental Rural (CAR). A ferramenta será fundamental para o cadastramento dos mais de cinco milhões de imóveis rurais brasileiros. De acordo com o analista de Ramos e Mercados da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Marco Olívio Morato, o setor cooperativista está apostando, e investindo, na implementação do CAR. “Precisamos contribuir para o fortalecimento do MMA e dos órgãos ambientais para que sejam ágeis no atendimento às demandas que vão surgir em decorrência do novo Código Florestal, e sua regulação, pelo qual tanto lutamos, afirmou.
O Sistema OCB atuará como parceiro do MMA na implementação do CAR. Por meio de um acordo de cooperação, técnicos de cooperativas serão capacitados no preenchimento dos dados e, ainda, servirão de apoio aos cooperados. “A ideia é que as cooperativas funcionem como um ponto de apoio aos cooperados, sensibilizando para a importância e auxiliando no preenchimento das informações”, destacou Morato.
O analista ressalta que a inclusão dos dados da propriedade rural no CAR suspende multas aplicadas por desmatamento até 2008, liberando o produtor de quaisquer restrições administrativas. “O produtor fica apto, por exemplo, a contratar financiamentos novamente”, acrescentou.
Participaram da assinatura do contrato de compra das imagens, no valor de R$ 28,9 milhões, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, o secretário-executivo do MMA, Francisco Gaetani, além dos secretários Carlos Klink (Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental), Paulo Guilherme Cabral (Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável) e Roberto Cavalcanti (Biodiversidade e Florestas). A previsão é que o CAR entre em funcionamento no início de 2013.
Saiba mais
As imagens adquiridas correspondem a 8,4 milhões de km², o equivalente à cobertura de praticamente todo o território brasileiro. Já a aproximação é de 5 metros, possibilitando a identificação georreferenciada dos imóveis rurais, áreas de preservação permanente, reserva legal, remanescentes florestais e nascentes de rios. Também será possível identificar e quantificar áreas de desmatamento da vegetação nativa para aplicação no Programa de Monitoramento do Desmatamento dos Biomas Brasileiros por Satélite e obter índices de vegetação e identificação das diferentes espécies vegetais para quantificação das emissões de carbono por antoropização (interferência do homem) da cobertura vegetal.
(Com informações - MMA)
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