Preservação deve ser feita de maneira integrada, defendem painelistas

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Para o presidente do AP, Vitor Hugo Burko, o debate sobre o meio ambiente não pode ser uma queda de braço entre o meio rural e urbano. “É preciso considerar que estamos no mesmo barco e, se ele naufragar, afundamos todos juntos. A construção de uma política ambiental e efetiva para esse país deve ser norteada pela transparência nas motivações e clareza nas posições”, disse Burko ao participar do painel sobre o Código Florestal ocorrido no Seminário de Mercado de Carbono, nesta quinta-feira (25/3), em Curitiba (PR).

Segundo ele, a sociedade urbana e rural deve buscar o caminho da sustentabilidade, “com a definição do papel de cada um nesse processo”. Para Burko, o produtor rural que preservar mais de 20% de sua propriedade deve receber compensação, “porque cumpre uma função que beneficia a todos, portanto, precisa receber por prestar um serviço ambiental”, afirmou.
Mais presença nas discussões ambientais - “O setor agropecuário precisa participar mais nos fóruns de discussão dos temas ambientais”, afirmou Elvison Nunes Ramos, coordenador de Manejo Sustentável dos Sistemas Produtivos do Ministério da Agricultura.

Para o técnico, o campo precisa se comunicar mais com os segmentos urbanos, “mostrando as coisas maravilhosas que faz em prol da conservação do meio ambiente e a expansão do processo de sustentabilidade”, disse. Na opinião de Ramos, o posicionamento firme do setor agropecuário equilibra as discussões e o debate em torno das “mudanças necessárias no Código Florestal, o qual, do jeito que está hoje, inviabiliza muitas atividades e ainda pode ser considerado um promotor de êxodo rural”, ressaltou.

Segundo ele, além de uma maior presença de representantes do campo nos fóruns de debates, as discussões precisam ser orientadas por estudos técnicos. “Não se pode tomar decisões, com enormes reflexos para os produtores, a partir de sentimentos e norteadas pelo princípio da precaução. É fundamental que os critérios tenham embasamento científico”, concluiu. (Fonte: Ocepar)

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