Difusão de tecnologias livres faz da Colivre uma referência nacional
Brasília (2/9/16) – Foi a necessidade de uma plataforma multimídia, com licença livre que reunisse diversas funcionalidades e permitisse total autonomia sobre a rede, controle em relação aos dados gerados e garantia da segurança das informações, que levou a Coolivre a criar o Noosfero, um ambiente que favorece o fortalecimento de redes e cadeias sociais.
Atualmente, a aplicação e a replicação da plataforma Noosfero pode ser medida nos âmbitos regional, nacional e internacional. No Brasil, ela já é utilizada por usuários de todos os estados.
Foi esse projeto que rendeu à Coolivre, em 2014, o primeiro lugar no Prêmio Cooperativa do Ano, na categoria Inovação e Tecnologia. A partir deste ano, essa iniciativa passou a se chamar Prêmio SOMOSCOOP – Melhores do Ano, cujas inscrições encontram-se abertas.
O texto reproduzido abaixo foi veiculado em uma edição especial da Revista Saber Cooperar. Após conferir a matéria, garanta sua participação no prêmio. Inscreva-se!
Difusão e desenvolvimento de tecnologias livres
A Colivre foi criada com a meta de contribuir para a difusão e o desenvolvimento de tecnologias livres. A instituição trabalha para oferecer soluções dessa natureza a empresas, organizações da sociedade civil, órgãos públicos e instituições de ensino. A ideia de desenvolver o projeto Noosfero surgiu em 2007, durante o Fórum Brasileiro de Economia Solidária (FBES), evento onde se identificou a necessidade de fortalecer redes e cadeias sociais.
O primeiro mapeamento, feito em 2005, coletou informações que o FBES, posteriormente, potencializou, criando também subsídios para a elaboração de pesquisas universitárias e políticas públicas. O Noosfero veio para suprir a demanda de uma plataforma multimídia, com licença livre que reunisse diversas funcionalidades e permitisse total autonomia sobre a rede, controle em relação aos dados gerados e garantia da segurança das informações.
Tal demanda, que tende a crescer, pode ser acompanhada por redes sociais de nicho. Antes do desenvolvimento do projeto, a Colivre não contava com recursos que possibilitas sem autonomia tecnológica para as instituições. Os empreendimentos populares mapeados pelo FBES estavam fora da internet e não a utilizavam como instrumento de divulgação.
Escolas e projetos educacionais não tinham a acesso a ferramentas digitais para qualificar o método de ensino, de acordo com as necessidades da geração, enquanto universidades públicas e movimentos sociais e econômicos não possuíam redes sociais próprias e autônomas.
Atualmente, a aplicação e a replicação da plataforma Noosfero pode ser medida nos âmbitos regional, nacional e internacional. No Brasil, ela já é utilizada por usuários de todos os estados. Entre os multiplicadores do projeto, destacam-se a Rede Escambo e a Cirandas.net, na Bahia; o Instituto Paulo Freire e a Universidade de São Paulo (USP), em São Paulo; e a Fundação Pensamento Digital, em Porto Alegre (RS).
A inovação, que acelerou a captação de novos cooperados, também está presente em outros países, como Espanha, Alemanha, Itália, França, China, Polônia, Suíça, Senegal e Japão. É uma referência da ação cooperativista brasileira.
Colivre
Ramo: Trabalho
Ano de fundação: 2006
Local: Salvador, BA
Projeto: Noosfero
50 mil usuários do Noosfera
8,8 mil usuários do Cirandas.net