Idealizador do Dia C fala da emoção de ver o projeto ganhar o Brasil
Brasília (26/03) – Dando continuidade à série de entrevistas semanais veiculadas pelo Informativo do Sistema OCB, o personagem do segundo bate papo fala sobre a emoção que é pensar e fazer o Dia de Cooperar, ou simplesmente Dia C. Ele é o pai da campanha que começou há seis anos, em Minas Gerais, e que, em 2014, ganhou o Brasil, por meio de um grande movimento solidário, cooperativo e voluntário. O nome dele é Ronaldo Scucato, presidente do Sistema Ocemg. Para ele, ser voluntário é o resultado da soma entre ser cooperativista e trabalhar com emoção.
O Dia C nasceu em Minas Gerais e agora ganha uma proporção nacional. Como o senhor vê esse fenômeno?
O Dia C é uma das grandes satisfações da minha carreira cooperativista – e olha que ela é longa. Esse projeto é emoção pura, pois estratifica os reais valores da cooperação e do cooperativismo. Nós temos o discurso da solidariedade, mas o voluntariado é uma característica importante dos povos evoluídos. E o projeto do Dia C mostra essa característica de evolução, pois gera um sentimento de satisfação não só em atender a uma grande parcela de gente necessitada, mas por promover um bem estar íntimo em quem pratica o voluntariado, por meio da oferta de doações diversas ou prestação de serviços nas áreas médica, odontológica e muitas outras. O Dia C, para nós, é uma afirmação categórica, para a sociedade, da importância do cooperativismo.
O senhor se emociona quando fala do Dia C. Por quê?
Atualmente, psicólogos, sociólogos, antropólogos, religiosos e médicos afirmam com a maior veemência que todo projeto na vida, para ter sucesso, tem de ter emoção e o Dia C é emoção pura. Costumo fazer uma reflexão sobre a tecnologia. Se nós cooperativistas focarmos com muita evidência somente na tecnologia e nos esquecemos da emoção e da importância que é cooperar com gente, com pessoas – e as cooperativas são sociedades de pessoas – não poderemos nunca nos esquecer de uma frase de Albert Einstein. Ele disse – numa determinada etapa da vida – que temia que um dia, a tecnologia suplantasse a interatividade humana. Segundo ele, quando isso ocorresse estaríamos criando uma geração de idiotas. E nós cooperativistas não podemos ser idiotas. Temos de continuar sendo gente, trabalhando para gente. E o Dia C é isso: os cooperativistas trabalhando para o bem das pessoas.
A Ocemg cedeu a ideia da campanha e toda a execução do Dia C ao Sistema OCB. Por quê?
Acredito que o Dia C é um sinônimo para dizermos que os cooperativistas trabalham o tempo todo para o bem estar das pessoas. É por isso que nós oferecemos a campanha com toda sua tecnologia ao Sistema OCB, sem nenhum dispêndio, para que repassasse aos estados. É importante não só ajudar as pessoas, mas dar visibilidade ao cooperativismo. Porque a maiorparte da população não sabe de onde o cooperativismo veio, por onde ele passou, onde ele está e o que se pretende com ele. E uma das formas importantes de divulgarmos o cooperativismo é atuarmos junto à sociedade e o Dia C veio para isso.
Quais os resultados do Dia C para o movimento cooperativista?
Todas as ações têm tido um resultado altamente positivo aqui Minas Gerais. Enquanto milhares de pessoas são assistidas, centenas de outras trabalham pela realização do Dia C. Essa campanha traz algo a mais, muito importante também: maior interatividade entre as cooperativas. O Dia C está possibilitando que cooperativas de várias cidades e regiões, aqui em Minas, desenvolvam projetos comunitários, filantrópicos ou assistenciais em conjunto. São cooperativas de ramos diferentes, que nem se falavam, e que, graças do Dia C, estão trabalhando juntas. E quem faz isso? A emoção de cooperar no Dia C; a emoção de ser autenticamente cooperativista.