Agenda China contempla produtos do agronegócio brasileiro como prioridades

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É no agronegócio que estão as maiores possibilidades de redução, a curto prazo, do déficit comercial do Brasil com a China. A afirmação foi feita na manhã de hoje (3/7), pelo secretário de Relações Internacionais do Agronegócio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Célio Porto, no lançamento da Agenda China: Ações Positivas para as Relações Econômico-Comerciais Sino-Brasileiras.

Entre os 619 produtos classificados pelo estudo como prioritários para o Brasil exportar ao mercado chinês figuram itens do agronegócio como as carnes suína e de aves, peixes e crustáceos, óleo de soja, massas e preparações alimentícias, rações para animais, borracha, couro, papel e celulose e têxteis. Esses produtos estão entre os que serão alvos de ações de promoção comercial.

Em relação à carne suína, o mercado chinês deve importar US$ 200 milhões nos próximos anos. Mantendo-se esse cenário, poderão surgir boas oportunidades de negócios para os exportadores brasileiros. O Brasil é hoje o quarto produtor e exportador de carne suína no mundo e alcançou a cifra de US$ 1,2 bilhão, em 2007.

O mercado de carne de aves também vislumbra grande potencial de negócios para o Brasil, que é o maior exportador do mundo desse produto. As importações chinesas de carne de aves cresceram 183%, saltando de US$ 323,7 milhões para US$ 916,3 milhões no período entre 2005 e 2007. “A intensificação do comércio com a China, contudo, depende de acordos sanitários”, lembrou Célio Porto.

Desde 2007, a balança comercial bilateral vem sendo superavitária em favor da China. O déficit comercial chegou a US$ 1,8 bilhão no ano passado. Duas das metas previstas pela Agenda China são triplicar as exportações brasileiras e atrair mais investimentos chineses para o Brasil. Para o agronegócio brasileiro, estão previstas ações para atração de investimentos chineses em setores como o complexo agrícola e o de biocombustíveis.

A Agenda China é resultado de estudos focados no fortalecimento das relações comerciais entre o Brasil e a China. O estudo foi elaborado em conjunto pelo Mapa, Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio e pelo Ministério das Relações Exteriores. Contou também com a participação do Conselho Empresarial Brasil-China e da Confederação Nacional da Indústria. O secretário-executivo do Mapa, Silas Brasileiro, representou o ministro Reinhold Stephanes no lançamento do estudo. (Fonte: Mapa)

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