AgroBrasília é sucesso, diz organizador



Brasília (16/5/18) – Produtores rurais, agentes financeiros, empresas agropecuárias e de desenvolvimento tecnológico, além de pesquisadores e interessados no setor produtivo brasileiro participam, desde ontem, da 11ª edição da Feira Internacional dos Cerrados, a AgroBrasília. O evento é realizado pela Cooperativa Agropecuária da Região do Distrito Federal (Coopa-DF) que está completando 40 anos de atuação no Centro-Oeste brasileiro.

A feira conta com o apoio do Sistema OCB e segue até sábado, dia 19, com o objetivo de apresentar novidades e inovações tecnológicas que aumentem a produtividade no campo. Ao todo, mais de 440 expositores estão preparados para mostrar seus produtos e serviços exclusivos. No ano passado, mais de 99 mil pessoas passaram pela feira, que movimentou o equivalente a R$ 710 milhões em volume de negócios.

Para se ter uma ideia da evolução da AgroBrasília, em 2008, quando ocorreu a primeira edição, os resultados foram os seguintes: 12 mil visitantes, 100 empresas expositoras e um volume de negócios estimado em R$ 50 milhões.

O coordenador geral da feira, Ronaldo Triaca, avaliou a evolução da AgroBrasília ao longo desses  10 anos e disse que, além da cooperação empregada na organização do evento, a grande variedade de culturas, aliada ao alto grau de interesse das empresas, nessa região, são elementos que explicam o sucesso do evento. Confira!

Como você avalia essa primeira década da feira?

A AgroBrasília tem crescido muito nos últimos 10 anos, tanto que em 2018 estamos realizando a 11ª edição e, para nós, isso é motivo de muita celebração, pois a Coopa-DF está completando 40 anos de operação. Sabemos que em diversos lugares do país há grandes e importantes feiras promovidas por cooperativas. Quisemos fazer o mesmo, por isso, visitamos muitas delas para adaptar o formato à nossa realidade, fazendo uma feira com o nosso jeito. Não temos interferências políticas, por exemplo, e a cooperativa, apesar de sua equipe reduzida, tem conseguido trabalhar e fazer a feira acontecer.

A que você atribui o sucesso da AgroBrasília?

De fato, na nossa avaliação, a feira tem sido um sucesso, provado pelos números que só aumentam, ano após ano. Atribuo esse sucesso ao que essa macrorregião do Planalto Central representa. A AgroBrasília nada mais é do que o reflexo de uma região que é fantástica, graças à sua intensa diversificação de culturas e atividades. Diria que essa é uma característica quase única no mundo.

Em outros lugares é possível encontrar grandes regiões produtoras de, por exemplo, soja, milho, algodão, cana de açúcar, mas, aqui, temos uma diversidade muito grande. Além dessas culturas que eu já citei, temos ainda: feijão, trigo, café, cebola, alho, batata, girassol, etc. E tudo isso está sendo produzido com muita tecnologia.

Qual a importância da tecnologia para a produção e produtividade no campo?

Bom, temos a maior concentração de área irrigada da América Latina e, diferente de outras regiões, o produtor daqui precisa de mais equipamentos por hectare para produzir, porque as janelas de plantio são menores. Basicamente, o produtor da nossa região precisa fazer até três safras por ano, na mesma área. E isso acaba refletindo na própria feira, porque o produtor vem e precisa comprar e as empresas especializadas na agropecuária, como um todo, acreditam muito nessa região. Então, tecnologia de ponta é uma necessidade para o campo.

Como avalia a participação do Sistema OCB na feira, apresentando o SomosCoop?

A participação do Sistema OCB é fundamental para nós. Tanto que, desde o início, sempre contribuiu muito com a realização da feira. Quanto ao movimento SomosCoop, diria que ele veio bem a calhar, pois apresenta, aqui na feira, o cooperativismo, ainda mais num ano em que a nossa cooperativa – Coopa-DF – completa quatro décadas. Sabemos que muito já foi feito e que ainda há bastante coisa para se fazer, mas acho que o SomosCoop tem muito para contribuir com o nosso modelo econômico. Tomara que esse movimento não termine! Pelo contrário. Espero que em 2019 possamos ter outros projetos para que o cooperativismo seja valorizado como deve ser, de fato.

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