Apicultores querem reestruturar cooperativas no Ceará

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O aprimoramento das cooperativas de apicultura foi pauta de discussão na sede do Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Ceará (OCB-Sescoop/CE), na semana passada. Representantes de cooperativas apícolas do estado foram recebidos pelo presidente da instituição, João Nicédio Nogueira. Parcerias para capacitações de produtores que trabalham diretamente na apicultura e pontuado também estavam entre os temas abordados e demandas a serem encaminhadas à Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Mel e Derivados do Estado do Ceará (CSMEL).

Segundo o presidente da OCB-Sescoop/CE, a produção de mel no Nordeste é reconhecida em todo o Brasil. “O Ceará é o segundo exportador de mel do País”, destaca. Ele enfatizou a importância da Organização no oferecimento de capacitação de acordo com a necessidade de cada segmento. “É fundamental que a informação chegue ao produtor. Por isso, temos que trabalhar para capacitá-lo. Devemos nos organizar e procurar as instituições para nos apoiar. A apicultura é muito interessante e tem tudo para crescer ainda mais”, completa Nogueira.

Ticiana Batista Mesquita, articuladora da Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece), disse, durante a reunião, que o crescimento da apicultura no estado pode ser ainda maior com a ajuda do cooperativismo. Ela explicou que a Câmara Setorial do Mel funciona como um fórum de discussão. “Atualmente, contamos com 15 entidades representativas, como Sebrae-CE e Ematerce, que nos auxiliam a desenhar os principais problemas enfrentados pelos produtores e como podemos combatê-los”, afirma.

O presidente da Federação Cearense de Apicultura (Fecap), Francisco Teixeira Filho, que há 25 anos atua no ramo da apicultura, falou da importância de levar conhecimento aos pequenos produtores. “Pouco se sabe acerca da função da CSMEL. Precisamos nos inteirar para capacitá-los. E nós da Federação devemos sempre atuar em defesa do apicultor”, ressalta.

Francisco Teixeira também destacou a melhoria da política do edital de licitação, na contratação de material de trabalho, “que deverá ser de qualidade, para garantir a segurança do apicultor”.

Os participantes da reunião definiram quatro pontos a serem encaminhados à CSMEL: solicitar maior divulgação dos trabalhos da Câmara, sugestão da criação de uma política apícola para o Ceará, a criação de uma assistência técnica especializada para o setor, e tentar traçar ações possam dirimir as fragilidades das associações e cooperativas, que vêm comprometendo a qualidade do mel cearense dessas organizações. (Fonte: OCB-Sescoop/CE)

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