ARTIGO_GERALDO MAGELA

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Cooperativismo: sustentáculo do agronegócio em tempos de crise

Geraldo Magela da Silva*

Considerando a conjuntura atual do nosso país não podemos deixar de ressaltar que o agronegócio é fundamental para minimizar, neste momento, os efeitos da crise econômica que nos afeta.

Minas Gerais deverá colher na safra 2015/16 um volume recorde de grãos, conforme o “Segundo Acompanhamento da Safra Brasileira de Grãos”, divulgado pela Conab, e será responsável por uma produção entre 12 milhões/t a 12,59 milhões/t, o que representará um incremento mínimo de 2% e máximo de 6,5%, quando comparado com o ano-safra anterior.

O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio de Minas Gerais apresenta um resultado positivo no acumulado do ano, com o PIB crescendo 0,65%, frente ao ano anterior, com dados apurados até o último mês de agosto. Com esse resultado, a renda do setor no estado, estimada para o ano de 2015, é de R$ 164,152 bilhões. Do valor total, a estimativa é que R$ 88,31 bilhões ou 53,8% sejam oriundos da atividade pecuária e o restante, R$ 75,834 bilhões (46,2%), da agricultura.

Considerando que o cooperativismo atua com enorme expressividade, principalmente em duas das nossas mais importantes cadeias produtivas do agronegócio mineiro (café e leite), podemos afirmar, neste contexto, que as cooperativas vêm sendo fundamentais para a geração deste resultado. A renda gerada no campo abastece os mercados locais, contribuindo para financiar o desenvolvimento das pequenas e médias cidades, gerando empregos e oportunidades de negócios. Portanto, contribuindo para mitigar os efeitos do desemprego e da queda de atividade econômica nas regiões metropolitanas.

Diante da realidade atual, podemos também afirmar que as cooperativas de crédito vêm contribuindo para a redução do custo financeiro da produção e para a democratização do acesso dos pequenos produtores aos mecanismos de crédito e financiamento.

Assim, o cooperativismo de crédito também contribui para mitigar os efeitos nefastos da crise econômica que encareceu os custos de produção. Esse ramo do cooperativismo, principalmente nas pequenas e médias cidades mineiras, experimenta um vigoroso crescimento neste ano de 2015. Porém, sustentado em zelo, ética, responsabilidade, profissionalismo e, sobretudo, no estabelecimento de uma relação humana consciente de sua responsabilidade social e econômica para as comunidades.

O que acontece em Minas também acontece em outras regiões do país e o cooperativismo vai sendo reconhecido, e assume, muitas vezes, posição de liderança nas ações em prol do agronegócio brasileiro. Tanto é verdade, que a convite da ministra da Agricultura, Kátia Abreu, o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, coordenou, no último dia 10 de novembro, uma reunião cujo objetivo foi avaliar as demandas prioritárias encaminhadas à pasta por meio das Câmaras Setoriais e Temáticas e, ainda, realizar o monitoramento em relação à eficácia do atendimento de seus pleitos, pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

As cooperativas ajudam a construir sociedades mais equilibradas, nivelando oportunidades e estimulando um empreendedorismo competitivo, porém, humano.

A renda gerada no campo abastece os mercados locais, contribuindo para financiar o desenvolvimento das pequenas e médias cidades.


* Geraldo Magela da Silva é coordenador do Ramo Trabalho do Sistema OCB


Este artigo foi publicado na edição de hoje do Jornal Hoje em Dia

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