Blairo Maggi quer aumentar participação do país no mercado internacional

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Curitiba (12/7/16) – Ampliar a presença do Brasil no mercado mundial de produtos agropecuários. Essa é uma das metas do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi. “Eu estou estabelecendo uma política que pretende fazer o país sair de 7% de participação no mercado internacional do agronegócio para 10%, o que representa uma movimentação de recursos da ordem da US$ 1 trilhão.

Então estamos falando em US$ 300 bilhões em cinco anos, que precisam ser aumentados nas nossas produções. Certamente, nós não vamos ampliar isso dobrando a produção de soja ou de milho. Vamos fazer isso aumentando a produção de aves, suínos, bovinos e carnes processadas, que é o que interessa ao Brasil nesse momento”, afirmou o ministro na sexta-feira (8/7), durante o encontro que participou com lideranças do setor agropecuário paranaense, na sede do Sistema Ocepar, em Curitiba.

“Eu fiquei feliz em saber que as cooperativas do Paraná planejam dobrar o faturamento nos próximos cinco anos, saindo de R$ 50 bilhões para R$ 100 bilhões. Isso vem bem ao encontro do nosso objetivo no Ministério da Agricultura, que é aumentar a nossa participação no mercado internacional”, acrescentou. O ministro estava acompanhado dos secretários de Política Agrícola, Neri Geller, e de Defesa Sanitária, Luís Rangel.

Na oportunidade, Blairo Maggi recebeu um documento com propostas elaboradas em conjunto pelo Sistema Ocepar, Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), Secretaria de Estado da Agricultura e Instituto Emater. A adoção de medidas por parte do governo federal para fortalecer o comércio internacional é uma das sugestões que foram apresentadas ao ministro pelos representantes das entidades.

Foram encaminhadas sugestões em outras nove áreas: Política Agrícola Plurianual; planejamento estratégico para o cooperativismo paranaense; gestão de risco (seguro rural, Proagro e zoneamento agrícola); infraestrutura e logística; Programa Nacional de Conservação de Solos; venda de terras para estrangeiros; crédito rural; apoio à comercialização e defesa e sanidade no agronegócio.

SEGURO RURAL – Sobre o seguro rural, o ministro informou que todas as pendências encontradas até o momento estão sendo solucionadas.  “Ao chegar ao ministério, nós nos deparamos com atraso no pagamento das apólices, em torno de R$ 230 milhões, e nesses poucos dias que estamos à frente do Mapa, conseguimos colocar essa situação em dia. Então, hoje nós não temos mais pagamentos atrasados dos prêmios dos seguros e há uma previsão no nosso orçamento de R$ 400 milhões para subvenção do próximo ano. É sobre esse número que vamos fazer todo o planejamento para podermos distribuir esse recurso pelos estados e culturas e para que os agentes financeiros, os bancos e os produtores possam saber o tamanho da subvenção que será feita”, disse. 

CONSERVAÇÃO DE SOLOS – O ministro falou que ficou surpreso ao receber a proposta de um programa voltado à conservação de solos. “Apesar de ser paranaense, já não vivo no estado há alguns anos e sempre tive o Paraná como uma referência em microbacias e todo o processo de recuperação de solos. Mas hoje ouvi que isso faz parte do passado e o próprio plantio direto, que todos nós preconizávamos como definitivo, não é mais, e precisamos tomar novas atitudes, com novos programas de conservação de solos. É mais uma vez o Paraná saindo na frente”, destacou.

AVALIAÇÃO POSITIVA – Blairo Maggi informou que todas as propostas serão analisadas e fez uma avaliação positiva do encontro com as lideranças agropecuárias paranaenses. “Foi possível estabelecer uma conversa clara e franca. Eu gosto muito desse debate. Não vim aqui só falar, mas deixar as pessoas perguntar, questionar, tirar suas dúvidas, e acredito que essa é a função de quem está no cargo público”, afirmou.

COOPERATIVISMO – Em sua primeira visita oficial ao Paraná após assumir o cargo, em maio, ele disse que também foi uma oportunidade para conhecer melhor o trabalho realizado pelo cooperativismo paranaense e afirmou que o setor irá contar com o apoio do Mapa. Antes do encontro com as lideranças paranaenses do agronegócio, o ministro esteve reunido com a diretoria da Ocepar. “É um setor extremamente importante, que caminha pelas próprias pernas e vai continuar tendo a atenção do governo. Como dizia o meu pai, o que o cooperativismo tem que esperar do governo é que não atrapalhe e o deixe andar sozinho”, finalizou.

Clique no link abaixo para conhecer o conteúdo do documento:

“Propostas do Paraná às políticas públicas do agronegócio brasileiro”


(Fonte: Assimp Sistema Ocepar)

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