Brasil pode liderar produção de alimentos
O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi, apresentou nesta terça-feira, 14, as estimativas para o agronegócio brasileiro na próxima década. Os números mostram que o Brasil está pronto para contribuir no grande desafio da economia mundial, que é enfrentar a fome.
“Os organismos internacionais têm levantado a existência de uma população de 1 bilhão de pessoas que ainda passam fome”, observou Wagner Rossi, no lançamento das Projeções do Agronegócio 2010/2011 a 2020/2021. Elaborado pela Assessoria de Gestão Estratégica (AGE) do Ministério, em conjunto com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o estudo mostra que a produção agropecuária do país deve crescer 23%, em volume, com incorporação de 9,5% de novas áreas cultivadas no período.
“O Brasil tem potencial para se tornar o maior fornecedor de proteína animal e vegetal do mundo”, destacou Wagner Rossi. Ele ressaltou que os dados apresentados são conservadores. Atualmente, o Brasil é o segundo maior fornecedor no mercado internacional de alimentos, mas, segundo as projeções, se aproximará cada vez mais dos Estados Unidos, que detém a liderança.
“Esta radiografia mostra que o Brasil, nos próximos anos, continuará a marchar firmemente em direção a essa meta, de se tornar o maior agente no mercado internacional de alimentos”, disse.
O país é líder mundial em produtos como carne de frango e de boi, além de manter o primeiro lugar na produção de açúcar, café e suco de laranja. Outro produto tradicional, o algodão, deve ter o maior incremento na produção (47,84%) e nas exportações (68,4%) na próxima década.
As estimativas mostram ainda grande potencial na celulose e no leite. “Temos uma janela de oportunidade muito significativa nos lácteos, já que os países que têm protagonismo na produção estão no seu limite”, observou Wagner Rossi.
A confiança do ministro na força da agricultura brasileira decorre da utilização intensiva de tecnologia e da situação do mercado internacional nos próximos anos. O cenário é de uma demanda maior por alimentos e em expansão, graças às mudanças no perfil econômico dos países, especialmente os emergentes, que antes tinham menos acesso à alimentação, sobretudo ao consumo de proteína.
Ele destacou a importância das projeções para orientar a alocação dos recursos naturais, humanos e financeiros disponíveis da melhor maneira. (Fonte: Mapa)