Brasil precisa de estratégia para produção agropecuária crescer 40% até 2020

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Brasília (17/8) – O agronegócio brasileiro tem de expandir 40% até 2020, para suportar o crescimento mundial de 20% na demanda de alimentos projetada pela FAO (Organização Mundial para Alimentação e a Agricultura). A afirmação é do coordenador do Centro de Agronegócios da Fundação Getúlio Vargas, Roberto Rodrigues. Segundo ele, que é embaixador especial da FAO para o cooperativismo mundial, é possível “crescer o dobro do que o mundo fará e até mais, mas ainda não temos uma estratégia para isso”, alerta.

A estratégia que o país precisa deve contemplar questões que pesam sobre o setor, como logística e infraestrutura, garantia de renda no campo, seguro rural, acordos comerciais com outros países e tecnologia. Para a iniciativa privada, os gargalos de logística são o principal empecilho à produção agropecuária.

O ex-ministro avalia que o produtor passa por uma “mudança de paradigma” e que já tem clareza de que precisa investir em tecnologia para aumentar a produtividade. Mas ressalta que é essencial garantir que esses recursos cheguem aos pequenos produtores.

“Falta ao Brasil uma estratégia correspondente ao setor que salva a economia brasileira”, declara, ao lembrar que o agronegócio responde por 24% do PIB e 43% das exportações nacionais. “O saldo da nossa reserva de dólares só é positivo por causa do agronegócio”, destaca.

Roberto Rodrigues participou do Seminário Competitividade Setorial – Agronegócio da Amcham – São Paulo, na quarta-feira (12/8). Além dele, se apresentaram Judd O’Connor, presidente para a América Latina da DuPont; Dolivar Coraucci Neto, CEO da Ourofino Saúde Animal; Floris Bielders, presidente da Mosaic Fertilizantes; e Julian Thomas, diretor superintendente da Hamburg Süd. Os paineis sobre a inserção do país na cadeia de valor do agronegócio mundial foram mediados por Miguel Daoud, comentarista, analista financeiro e apresentador do Canal Rural. (Fonte: Amcham Brasil)

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