Cana-de-açúcar coloca País na liderança e vanguarda tecnológica mundial

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A cana-de-açúcar é considerada uma das atividades mais rentáveis da economia brasileira nos últimos anos, embora seja explorada no Brasil desde o século 16, vinda da Ásia. O setor colocou o País na vanguarda mundial da agroenergia, com a produção de etanol, e está intrinsecamente ligado à própria história brasileira. Ao longo dos últimos 150 anos, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) tem estimulado o desenvolvimento da cultura. 

Desde 2005, a Secretaria de Produção e Agroenergia do Mapa, cujo Departamento de Cana-de-Açúcar e Agroenergia (DCAA) tem como atribuição não apenas manter a interlocução com o setor privado por meio da Câmara Setorial do Açúcar e do Álcool, mas também monitorar o abastecimento de álcool combustível (etanol) e a produção das usinas. 

O departamento ainda promove os biocombustíveis no exterior e é responsável pelas políticas de expansão e sustentabilidade da agroenergia por meio do Zoneamento Agroecológico da Cana-de-Açúcar (ZAECana). Segundo o diretor do DCAA, Alexandre Strapasson, o órgão é responsável pelas políticas de financiamento de estoques de etanol e apoio aos fornecedores de cana.

Toda a ação do Ministério da Agricultura tem sido com o desenvolvimento de políticas públicas em prol do aumento da qualidade, produção e produtividade da cana-de-açúcar, ampliando a competitividade do sistema produtivo enquanto mantém uma política de conservação e preservação do meio ambiente. “A nossa missão é projetar o Brasil como liderança mundial em agroenergia”, avalia Strapasson. 

Pioneirismo - São iniciativas como essas que garantem o pioneirismo brasileiro no setor sucroenergético. A ampliação do leque de alternativas aos combustíveis fósseis tem sido buscada por países em todos os cantos do mundo. O Brasil, porém, permanece na vanguarda há 35 anos. Foi em 1975 que o governo brasileiro criou o Pró-Álcool, dando maior impulso à cultura da cana. A partir de então, começou a trilhar um caminho de liderança mundial na produção de cana-de-açúcar e no desenvolvimento de novas tecnologias para o setor sucroenergético.

“Além de elemento agrícola essencial na formação do Brasil, a cana-de-açúcar faz parte da vida do brasileiro. É uma cultura fantástica. Dela se obtém álcool combustível (etanol), açúcar, cachaça, rapadura, energia elétrica até plásticos, além de diversos produtos químicos”, ressalta o diretor. 

Em 2008, o setor sucroenergético empregou 1,28 milhão de pessoas com carteira assinada, 2,15% do total de postos de trabalho no Brasil. A maior parte dos empregos foi gerada pelo cultivo da cana (481 mil funcionários). Dados da Universidade de São Paulo (USP) mostram que o índice de formalidade de empregos no setor canavieiro vem crescendo, atingindo 80,9%, muito acima da média registrada por outras cadeias produtivas.

Strapasson aponta que o país desenvolveu técnicas próprias de plantio e colheita, tornando-se o maior produtor mundial de cana-de-açúcar. Com as novas variedades, a produtividade média por hectare passou de 47 toneladas em 1975, para 80 toneladas neste ano. Por conta disso, a produção de cana-de-açúcar prevista para a safra 2010/2011, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), é de 664 milhões de toneladas, em 8,1 milhões de hectares, recorde na história da cultura.

 Atualmente, o estado de São Paulo tem a maior área plantada de cana, com 4,4 milhões de hectares, seguido por Minas Gerais, 648 mil hectares; Paraná, 608 mil hectares; Goiás, 601 mil hectares e Alagoas, 464 mil hectares. “A área total de cana plantada no Brasil ocupa apenas 0,95% do território nacional”, diz o diretor do ministério.

Pesquisa -  A expectativa do governo é de aumentar ainda mais a produtividade. Por isso, vem investindo em pesquisas. A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, aposta em projetos de cana-de-açúcar transgênica há três anos. Algumas das características genéticas, a serem incorporadas à planta, visam principalmente atender às demandas do cultivo na Região Nordeste. “As variedades em desenvolvimento buscam mais tolerância à seca e maior resistência à broca gigante (principal praga na região), o que garantirá maior produtividade”, ressalta Strapasson. O investimento em estudos chega a R$ 10 milhões ao ano.

Pesquisa da Universidade de São Paulo (USP) indica que o Produto Interno Bruto (PIB) do setor sucroenergético gira em torno de US$ 28,15 bilhões, incluindo as exportações de quase US$ 8 bilhões e vendas ao mercado interno de US$ 20,2 bilhões. Porém, considerando sua movimentação financeira, ou seja, a soma das vendas efetuadas pela"

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