Ciclo da integração lavoura-pecuária-floresta busca agregação de valor

Brasília (7/8/17) – A agregação de valor por meio da certificação de propriedades e dos serviços ambientais e a formação profissional são os pilares da nova fase de atuação da Rede de Fomento ILPF, uma parceria público-privada criada há cinco anos para incentivar a transferência de tecnologias e estimular a adoção dos sistemas de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) no Brasil. Além disso, a Rede ILPF buscará recursos externos para financiar pesquisas nesse tema.

Para dar maior dinamicidade aos trabalhos e possibilitar a entrada de novos membros, a Rede de Fomento ILPF está passando por uma mudança estrutural na qual será transformada em uma associação. A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) será membro honorífico, de modo a ter todos os benefícios de um associado, respeitando-se as prerrogativas legais da empresa.

>Atualmente, além da Embrapa, compõem a Rede a cooperativa Cocamar e as empresas Dow Agrosciences, John Deere, Parker e Syngenta. Novas empresas e cooperativas já demonstraram interesse em se associar, aumentando o aporte de recursos anuais para serem usados na gestão da Rede ILPF, em ações de transferência de tecnologia e de comunicação. Já o recurso para a pesquisa será captado externamente.

Atuação Ampliada

Nessa nova etapa do trabalho, o grupo vai atuar em frentes não exploradas na fase anterior, como a divulgação internacional da tecnologia, desenvolvimento de pesquisas por meio de financiamento externo e no reconhecimento pela sociedade da ILPF como um sistema de produção sustentável.

De acordo com o presidente do Conselho Gestor da Rede ILPF e pesquisador da Embrapa Solos, Renato Rodrigues, o primeiro objetivo é o de mensurar e comprovar a redução das emissões de gases de efeito estufa da ILPF, usando uma metodologia que seja reconhecida internacionalmente nas discussões sobre mudança do clima.

As ações internacionais serão fortalecidas, buscando-se cooperação com instituições de pesquisa na Europa e nos Estados Unidos e fomentando a transferência de tecnologia inicialmente para países da África e depois para América do Sul e Caribe. Para tanto, a Rede trabalhará com apoio dos Labex, do Itamarati, Ministério do Meio Ambiente e da Agência Brasileira de Cooperação.

Trabalho em Rede

A Rede ILPF atua em rede em todo o país. Mais de 30 centros de pesquisa da Embrapa fazem parte do projeto e desenvolvem regionalmente ações de transferência de tecnologia relacionada à ILPF.

Atualmente são 97 Unidades de Referência Tecnológica (URTs) de ILPF espalhadas pelos diferentes biomas brasileiros. Cada uma delas adota uma estratégia de integração, mostrando como esse sistema produtivo pode ser adaptado às diferentes realidades dos produtores.

Além de realizar visitas técnicas e dias de campo nessas URTs, são promovidas capacitações de agentes de assistência técnica e extensão rural dos setores público e privado em vários estados. São esses profissionais que dão apoio aos produtores que adotam a tecnologia.

Pesquisa encomendada pela Rede de Fomento ILPF mostrou que atualmente o Brasil conta com 11,5 milhões de hectares com alguma configuração de sistemas integrados.

Fonte: Ministério da Agricultura

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