Cocari completa 49 anos
A Cooperativa Agropecuária e Industrial de Mandaguari (Cocari), ao completar 49 anos nessa segunda-feira (7/2), e tendo passado por uma importante fase de reestruturação, atravessa um período muito positivo, com muitas conquistas a serem comemoradas. "Apesar das dificuldades, poucas vezes tivemos tanto a comemorar", disse o presidente Vilmar Sebold, ao fazer um balanço dos últimos dez anos da Cocari.
Sebold se lembra que, em dado momento, diante dos percalços enfrentados pela cooperativa, o atual presidente de honra, Dorival Malacario, comparou a Cocari com uma águia, pássaro que, para sobreviver após os quarenta anos tem que matar partes vitais de seu corpo e fazê-las renascer. A opção é enfrentar o dolorido processo de renovação ou morrer.
Assim foi com a Cocari que, para sobreviver às crises financeiras num mercado cada vez mais competitivo, precisou se reinventar, se reestruturar. A crise, que teve seu ápice em 1992, fez com que a Cocari chegasse ao ano de 1999 numa situação complicada.
"A Cocari em 1999 estava insolvente. Tinha um patrimônio líquido a descoberto, ou seja, mesmo que vendesse todo o seu patrimônio, não conseguiria saldar seus compromissos. Essa era a situação fática naquele momento", relembra.
Ele conta, no entanto, que não houve milagre, houve seriedade na condução dos problemas. "Não é um processo do Vilmar. Houve muita gente que acreditou. É um processo de todos os colaboradores, associados e da comunidade em que estamos inseridos, que acreditaram que era possível", resume.
"O discurso convence, o exemplo arrasta", disse Sebold, se referindo à transparência e igualdade com que sempre tratou todos os cooperados e membros da Diretoria e dos conselhos Fiscal e de Administração.
A palavra chave na Cocari nos últimos anos é modernização. Os parques industriais estão passando por uma grande transformação, com a construção simultânea de duas Fábricas de Rações, um refeitório, um escritório, uma área de treinamento e uma de fomento.
A dedicação das equipes da Fiação fez a diferença. "Fiquei extremamente impressionado pelo que a equipe conseguiu fazer. Temos um prédio antigo, com 100% das máquinas novas, montadas ou em fase final de montagem, mantendo a produção", salientou o presidente da Cocari. O mesmo já havia ocorrido em Maringá, tempos atrás.
O vice presidente da Cocari, Luiz Carlos Fermino da Rocha, detalha as melhorias das indústrias. "Na unidade de Mandaguari iniciamos a modernização em 2001, com aquisição do primeiro filatório automático. Em 2009 e 2010 fizemos a troca de todos filatórios, substituímos todas as conicaleiras, sala de abertura, cardas. Em resumo, montamos praticamente uma fábrica nova em condições de produzir fios cardados e penteados."
Além das unidades fabris, praticamente todos os entrepostos das áreas de abrangência da Cocari foram modernizados. No final de dezembro, cinco unidades armazenadoras de grãos foram certificadas nos seus processos de armazenamento, sendo elas Borrazópolis, Cruzmaltina I, Faxinal, Marilândia do Sul e Placa Luar.
Traduzindo em números, a Cocari tem muito a comemorar. Seu quadro de colaboradores, que há dez anos era de 600 funcionários, saltou para 1.080. Os cooperados somam cerca de 5.200. Quanto ao faturamento, Sebold revela entusiasmado: "nós crescemos muito. Fechamos o ano de 2010 com faturamento de R$ 530 milhões". Quando a gente colocava R$ 500 milhões como meta, parecia para todo mundo um sonho de um maluco, que estava vendo coisas que não existiam", recorda.
A retomada das atividades da Cocari em Goiás também apresentou resultados positivos. "No primeiro ano de desafio, dos R$ 530 milhões de faturamento da cooperativa, R$ 60 milhões vêm da estrutura da Divisão Cerrado", informa.
"Graças ao empenho de toda uma equipe, a credibilidade dos associados do Paraná, em aprovar, depois de tanto tempo, a volta, e dos associados de Goiás, por acreditarem que nós temos competência e capacidade para reverter aquela quadro negativo". Para o futuro, a projeção é ousada. Em 2011, a meta é que o faturamento alcance os R$ 630 milhões. Para 2015, o objetivo é atingir R$ 1 bilhão.
Os projetos que compõem os Novos Negócios da Cocari, iniciados em 2008, após a alienação da Destilaria de Álcool, estão em franco desenvolvimento, cumprindo, assim, o objetivo principal da medida, que era aumentar as possibilidades de diversificação das propriedades dos cooperados, agregar valor aos seus produtos e beneficiar um número maior de produtores.
O Projeto Aves, composto pelo Abatedouro, Centro de Treinamento Avícola (CTA) e a Fábrica de Rações para Aves está em plena fase de implantação. O CTA, ou Granja-escola, está em atividade desde novembro de 2010 e já trabalha com o segundo lote de pintainhos e segunda turma em treinamento.
Composto por quatro galpões, com capacidade de alojamento de at&eac"