Cooperativa Lar vence em duas categorias
Hoje, com 8.992 cooperados e 3.927 colaboradores, a Lar tem um projeto direcionado para a Produtividade no Despalhamento e Desgranamento do Milho Verde, desenvolvido em sua Unidade Industrial de Vegetais. Inaugurada em 1998, a unidade trabalha no processamento de vegetais congelados e de conservas em lata. Em conseqüência disso, a cooperativa já é considerada a 2ª melhor marca de vegetais congelados e a 3ª melhor de vegetais enlatados no Brasil, segundo a Revista Supermercado Moderno.
O processo de inovação referente ao processamento do milho verde foi feito para possibilitar maior produtividade e qualidade do produto acabado. Após reuniões de equipe, surgiu a idéia de construir um equipamento que pudesse fazer com que o milho ficasse mais tempo sob a ação de alta temperatura e umidade. O milho também deveria ficar imerso para que todas as espigas passassem pelo processo de aquecimento de maneira uniforme. O aparelho foi chamado de cozinhador ou heater. O investimento em materiais chegou a R$ 23 mil.
Com a implantação dessa nova tecnologia, foi constatada diminuição dos desgastes dos rolos despalhadores, das facas das desgranadeiras, do consumo de lenha e do retrabalho. Foram registrados também aumento do rendimento industrial de, em média, aproximadamente 2,7pontos percentuais, o que gerou economia de cerca de R$ 14 mil por mês ou R$ 167 por ano. No total, pode-se considerar uma economia de R$ 254.300,00. Vale ressaltar ainda os benefícios para o meio ambiente com a diminuição do consumo de lenha.
Educação Cooperativista – Com o objetivo de desenvolver um trabalho de maior integração com o produtor rural e facilitar treinamentos idealizados para este fim, a Cooperativa Lar criou comitês divididos por atividades e produtos, que têm um Comitê Central para representá-los.
A intenção final é oferecer aos cooperados o conhecimento necessário para tomar decisões ligadas a investimentos, culturas e tecnologias e contribuir para o crescimento da cooperativa.
Além dos ensinamentos e práticas do cooperativismo, os comitês tratam da discussão dos diversos segmentos de negócios presentes e atuantes na cooperativa: agricultura, leite, suínos, aves, ovos, vegetais, amidos, entre outros. Também foram formadas representações de mães e jovens, com o intuito de promover o desenvolvimento pessoal e profissional da mulher e do jovem rural e integrá-los ainda mais à cooperativa.
Para viabilizar a participação de um maior número de pessoas, os comitês foram divididos em núcleos, levando em consideração a proximidade entre os entrepostos ou unidades. Os associados têm a liberdade de participarem de qualquer um dos grupos, que também realizam debates técnicos com a elaboração de sugestões e reivindicações de interesse comum, repassadas posteriormente à cooperativa.
Envolvendo cerca de 80 associados, as reuniões do Comitê Central funcionam como fóruns de disseminação dos ideais cooperativistas, onde são avaliadas as atividades e informados os resultados da cooperativa. Os encontros também têm como finalidade discutir os rumos, objetivos e metas para o período subseqüente.
Além de promover maior integração, os resultados também indicam aumento dos níveis de produtividade, participação de jovens e mulheres e formação de novas lideranças.