Cooperativas absorvem 70% dos jovens aprendizes do Sescoop/SP
São Paulo (20/11) – Levantamento realizado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop/SP) revela que 70% dos jovens aprendizes, participantes do programa Aprendiz Cooperativo são efetivados nas cooperativas após sua conclusão. O dado foi apresentado nesta semana, durante o 3º Workshop de Inclusão Social no Cooperativismo, em São Paulo. O projeto atende prioritariamente a mais de mil jovens de 16 a 18 anos matriculados no ensino médio.
O Aprendiz Cooperativo é desenvolvido em conjunto em mais de 70 cooperativas paulistas, que são responsáveis pela seleção e registro em carteira desses jovens. A contrapartida do Sescoop/SP é fazer a capacitação dos aprendizes, que recebem certificação como auxiliar administrativo. A capacitação, sem custos para os jovens e cooperativas, tem duração de 18 meses (612 horas teóricas e 1.428 horas práticas).
Representantes do Sistema S do Rio de Janeiro, Pernambuco, Sergipe e Paraná participaram para conhecer as principais ações apresentadas no evento, como acompanhamento sóciopedagógico de jovens e famílias, palestras de sensibilização para gestores e tutores sobre a Lei de Aprendizagem, controle de egresso, contato direto com as áreas de recursos humanos das cooperativas e ações de responsabilidade social.
Na abertura do evento, a secretária executiva do Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil, Isa Maria de Oliveira, elogiou o trabalho paulista em prol dos jovens.
Segundo ela, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD – 2013), mostrou que de um total de 1,8 milhão jovens no mercado brasileiro, apenas 157.000 (8%) eram aprendizes. “O Sescoop/SP está contribuindo para que eles possam ter acesso ao mercado e à uma vida digna”, destacou Isa Maria de Oliveira.
Um dos sucessos do programa é Leonardo Fernandes da Silva Martins, 19 anos, morador do Campo Limpo (região sul de São Paulo), e aluno do curso de Tecnologia em Marketing da Faculdade Anhanguera.
Ele está concluindo o programa e conta que foi selecionado para trabalhar numa empresa multinacional, mas a CNU (Central Nacional Unimed) cobriu a proposta. “O Jovem Aprendiz abriu as portas do mercado de trabalho para mim. Com a capacitação que recebi aqui, foi possível disputar a vaga com qualificação e confiança”, afirmou Leonardo Martins.
As ações de responsabilidade social focam em campanhas de alimentos em benefício de refugiados e entidades assistenciais, além de visitas técnicas a cooperativa e visitas culturais a museus. “O Sescoop/SP mostrou boas práticas para replicar em Sergipe. Cito como exemplo as ações de responsabilidade social”, afirmou a analista do Sescoop/SE, Samantha Carvalho.
A superintendente do Sescoop/PE, Cleonice Pedrosa, destacou a organização do programa. “Todas as etapas do projeto são bem organizadas e com objetivos claros. Queremos levar e estruturar essa metodologia de trabalho para envolver as cooperativas pernambucanas”, destacou Cleonice Pedrosa.
O presidente do Sescoop/SP, Edivaldo Del Grande, reforçou a importância de formar os jovens para disputar o mercado de trabalho. “Preparamos e moldamos para que este jovem seja um cidadão. Queremos formar lideranças que acreditem na justiça e dignidade, observando os princípios cooperativistas”, destacou Edivaldo Del Grande.
O evento teve ainda a palestra da consultora de recursos humanos Cristina Carvalho, que abordou o tema da diversidade e inclusão social, e homenageou 14 cooperativas que ingressaram no programa este ano, além de entidades parceiras e instrutores. (Fonte: Assimp Sistema OCB/SP)