Cooperativas agropecuárias são recebidas pelo chefe da Casa Civil

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Porto Alegre (4/3) – A direção do Sistema Ocergs foi recebida ontem pelo secretário-chefe da Casa Civil do governo do estado, Márcio Biolchi. Na pauta do encontro, as dificuldades enfrentadas pelo setor, em virtude dos bloqueios em diferentes pontos das estradas do estado. Representantes das cooperativas Cosulati, Cosuel, Piá, Santa Clara e Languiru relataram suas dificuldades em encontro que foi acompanhado pelo secretário de Desenvolvimento Rural e Cooperativismo, Tarcísio Minetto.

O presidente do Sistema Ocergs, Vergilio Perius, disse que o setor está preocupado com a produção dos associados e com as atividades industriais das cooperativas gaúchas. O presidente da Fecoagro, Paulo Pires, destacou que, além dos problemas já enfrentados, “estamos em plena safra do arroz e se avizinha a colheita da soja, o que pode tornar a situação insustentável em relação ao escoamento de grãos”, argumentou.

O diretor Irno Pretto assinalou a importância de um grande entendimento político em busca de uma sensibilização das autoridades em Brasília para os problemas decorrentes dos bloqueios nas estradas.

Entre as situações enfrentadas pelas cooperativas, destacam-se a falta de matéria-prima para as indústrias, a dificuldade para o deslocamento das cargas, a falta de óleo diesel e de embalagens para os produtos industrializados, falta de ração para frangos, suínos e aves e o desperdício de alimentos perecíveis, como o leite. Em decorrência destas dificuldades, a Cosulati, de Pelotas, já está a quatro dias sem abater aves.

A Cosuel, de Encantado, possui hoje 1600 funcionários de seus frigoríficos de braços cruzados. A Piá não possui açúcar em sua indústria para a produção de doces e as embalagens para os produtos industrializados estão terminando. Já na Languiru, dos nove centros de distribuição, cinco estão sem produtos para abastecer os mercados.

Efeitos da falta de comercialização refletirá na queda de arrecadação de ICMS

Todas essas situações acarretam prejuízos aos associados e na perda de mercados futuros das cooperativas gaúchas, pois os mercados consumidores de outras regiões do Brasil estão substituindo os fornecedores que não conseguem entregar seus produtos. Outra situação que acende uma luz vermelha para as finanças do Estado, é a eminente perda de arrecadação do Estado com o ICMS decorrente desta diminuição na comercialização.

PROVIDÊNCIAS – O chefe da Casa Civil, deputado Márcio Biolchi, esclareceu algumas medidas que o governo está tomando para que se busque a solução para os problemas enfrentados. Disse que “de maneira firme, mas não radical, o governo trabalha para que a economia gaúcha não sinta os efeitos dos bloqueios. Respeitamos o movimento”, salientou. Biolchi disse que o governador Sartori tem conversado com ministros das áreas competentes em Brasília e na última sexta-feira falou pessoalmente com a presidenta Dilma a respeito das manifestações. Por fim, Márcio Biolchi anunciou um canal de interlocução com as cooperativas para o monitoramento dos bloqueios e garantiu que a Secretaria da Segurança e a Procuradoria Geral do Estado estão trabalhando para que as ações judiciais de desbloqueio sejam cumpridas.

PRESENÇAS – Além da direção da Ocergs, participou da reunião o secretário da cooperativa Piá e presidente da Câmara Temática do Leite da Ocergs, Jeferson Smaniotto; o vice-presidente da Cosuel, Pascoal Bertoldi; o superintendente da Cosulati, Jones Raguzzoni; o presidente do Sindilat e diretor Administrativo e Financeiro da Cooperativa Santa Clara, Alexandre Guerra e o vice-presidente da Languiru, Renato Kreimeier. (Fonte: Assimp Sistema Ocergs)

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