Cooperativas de catadores buscam orientação na Ocesp
As cooperativas de triagem de material reciclável estão sendo afetadas negativamente pela crise financeira internacional. O momento é de queda na demanda e no preço dos materiais recicláveis, em todo o mundo. A situação evidencia as dificuldades na autogestão dos empreendimentos. Na busca de orientação para traçar um plano de ação, representantes de sete cooperativas – seis de São Paulo, uma de São José dos Campos – estiveram na Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo (Ocesp), nesta terça e quarta-feira (12 e 13/5).
Técnicos da Ocesp promoveram dinâmicas para melhorar a gestão das cooperativas. Participaram também representantes do Departamento de Limpeza Urbana (Limpurb), órgão da Prefeitura de São Paulo.
"Muita coisa do que foi passado aqui na Ocesp a gente não sabia, e espero que tenhamos mais cursos como este”, disse o presidente da Coopercaps, de Capela do Socorro, Telines Basílio do Nascimento Junior, o Carioca. Para ele, muitas ideias discutidas no evento podem ajudar as cooperativas neste momento difícil. “Precisamos criar uma associação, com representantes de todas as cooperativas, para elaborarmos projetos conjuntos e já começar os trabalhos com a padronização na qualidade dos materiais, visando aumentar o nosso ganho”, explicou, referindo-se a uma das sugestões propostas.
O plano de unir as cooperativas foi citado também pela secretária da Cantareira Viva, cooperativa que funciona ao pé da Serra da Cantareira. Eva da Silva . Ela vê com bons olhos a formação de uma rede de comercialização. “Assim podemos saber qual cooperativa está comercializando melhor determinado produto, e destinarmos o material para lá, melhorando o rendimento de todos”, diz ela. “Unidos, e com o respaldo e orientação de órgãos como a Ocesp e a Limpurb, tenho certeza que levaremos menos chapéu nos negócios”. Eva se refere a uma grande ocorrência de calotes sofridos pelas cooperativas. (Fonte: Ocesp)
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