Cooperativas de consumo avaliam experiências em São Paulo

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Com o objetivo de alinhar estratégias e estudar parcerias, representantes de sete cooperativas de consumo de São Paulo, Minas Gerais e Santa Catarina reuniram-se em Santo André (SP), na sede da Coop – Cooperativa de Consumo, nos dias 13 e 14 de maio. O encontro contou com a participação de aproximadamente 50 pessoas em cada dia, com 14 grupos de discussão. No final do mês, o novo diretor do ramo consumo da Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo (Ocesp), José Geraldo Fogolin, reuniu-se com o representante nacional do ramo, Marcio Blanco do Valle, para dialogar sobre os desafios atuais do ramo.

Fogolin, que é diretor da Coopbanc (Cooperativa de Consumo dos Bancários de Araçatuba), tomou conhecimento das diretrizes para o trabalho de representação do ramo. A reunião também contou com a participação do gerente de Monitoramento e Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema Ocesp, Luis Antonio Schmidt, e da consultora do Ramo Consumo do Sistema Ocesp, Conceição Barros.


A regulamentação do ato cooperativo permanece como principal desafio ao setor, tendo em vista que as cooperativas hoje são submetidas ao mesmo regime de tributação dos supermercados.
 
Encontro em Santo André - No encontro do ramo consumo estiveram presentes representantes da Cooperbarra, Coopercica, Coocerqui, Coopbanc, Cooper, Consul, além da Coop. “A intensa participação nos grupos de discussão, as reflexões e a troca de experiências foram de enorme valor. Mas o principal é o exercício do 6º princípio, o da Intercooperação. É ele que nos dará condições de sobrevivência e evolução, no mercado tão concorrido em que atuamos”, analisa Marcio Blanco do Valle, que além de representante nacional do ramo é vice-presidente da Coop e ex-diretor do ramo consumo da Ocesp.
 
Entre as propostas debatidas estão a criação de uma central de compras conjunta, que pode ser viabilizada por meio de uma central de cooperativas de consumo. Também foi debatida a possibilidade de uso comum de marcas próprias e a criação de produtos e serviços financeiros compartilhadas, como cartões de crédito para financiar as compras dos cooperados. “Vale ressaltar, entretanto, que todas as ideais ainda estão em estágio inicial e precisam ser maturadas”, observa Valle.
 
Números - O Ramo Consumo no Brasil é formado por 138 cooperativas, entre fechadas e abertas. Fechadas são as que admitem como cooperados somente as pessoas ligadas a uma mesma empresa, sindicato ou profissão, que, por sua vez, geralmente oferece as dependências, instalações e recursos humanos necessários ao funcionamento da cooperativa. E as abertas, ou populares, são as que admitem qualquer pessoa que queira a elas se associar. O ramo gera 8.813 empregos e beneficia 2,3 milhões de associados. (Fonte: Ocesp)

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