Cooperativas do Paraná exportam mais que a média nacional
As exportações diretas das cooperativas paranaenses registraram um crescimento de 45,7% até outubro deste ano, na comparação com o mesmo período de 2007. O resultado é bem acima do patamar de crescimento das exportações do agronegócio brasileiro que cresceu no período 26,8%. Os dados fazem parte de um estudo da Gerência de Técnica e Econômica do Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar), com base em informações da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MIDC).
As vendas do setor cooperativista ao exterior somaram US$ 1,28 bilhões, enquanto no ano passado totalizaram US$ 877,67 milhões. “Tudo indica que vamos superar a meta para este ano, que era exportar US$ 1,3 bilhões. A expectativa agora é que até o fim deste ano as vendas das cooperativas paranaenses ao exterior cheguem a R$ 1,5 bilhões”, projeta o presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski.
O dirigente lembra ainda que, após três anos ocupando a 2º colocação no ranking nacional, as cooperativas do Paraná retomaram a dianteira das exportações das cooperativas brasileiras. “Juntamente com o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, o Paraná foi o Estado que registrou o maior crescimento nas exportações de cooperativas”, revela.
Destaques do Paraná - O crescimento das exportações das cooperativas paranaenses foi impulsionado pelo complexo soja, carnes e milho, produtos que, até meados de setembro, estavam com os preços aquecidos no mercado internacional. “Isto propiciou uma demanda maior pelos produtos das cooperativas paranaenses que, por sua vez, estão preparadas para atender a demanda de países importadores”, afirma o analista técnico e econômico da Ocepar, Robson Mafioletti, referindo-se aos investimentos que as cooperativas realizaram em agroindústrias e também ao processo de garantia de qualidade que as cooperativas do Estado possuem, inclusive, com a rastreabilidade e certificação de produtos para mercados específicos.
De acordo com o analista, os efeitos da crise financeira nas exportações das cooperativas do Estado são esperados para o próximo ano. “A expectativa é que ocorra uma retração nas vendas externas, mas ainda é cedo para fazer qualquer projeção em relação a quanto será essa diminuição”, comenta. (Fonte: Ocepar)