Cooperativas participam de formação no PAGC

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Recife (3/3) – Representantes de 10 cooperativas estiveram hoje (3/3), na sede do Sescoop/PE, participando da capacitação em Procedimentos Assembleares, ministrada pelo assessor jurídico Arinaldo Crispim e pela bacharel em Direito, Poliana Cardoso. O evento integra o conjunto de ações do Programa de Acompanhamento da Gestão Cooperativista (PAGC) e teve como objetivo esclarecer dúvidas acerca de instrumentos comuns às assembleias ordinárias e extraordinárias, bem como sobre as etapas que precisam ser observadas na preparação e publicação de editais. 

Tendo em vista que, em março, encerra o prazo legal para a realização das assembleias ordinárias, excetuando-se o Ramo Crédito, cujo prazo se estende até abril, a formação pôde garantir que as últimas dúvidas das cooperativas fossem esclarecidas. O assessor jurídico abordou os principais pontos da Lei nº 5.764/71, a exemplo do quórum mínimo exigido para a realização das AGOs, as atribuições e renovação dos conselhos, as informações imprescindíveis ao instrumento convocatório, bem como a legalidade do processo de votação.  Para as cooperativas do Ramo Trabalho, a Lei nº 12.690/2012 também integrou os debates.

Para o diretor secretário da Cootec, Adriano Nascimento, o curso foi esclarecedor. “Como secretário da cooperativa, tenho a responsabilidade de elaborar a ata e vim aqui, exatamente, buscar subsídios para aperfeiçoar meu trabalho e diminuir a possibilidade de erros”. A Cootec integra o PAGC e sempre tem obtido destaque em suas pontuações, a cada avaliação, com índice de conformidade superior a 80%.

“A importância do Monitoramento está em despertar na cooperativa um maior interesse em manter sua conformidade. Isso faz com que tenhamos maior consciência de nossa responsabilidade em pôr em dia as atas, os livros, fichas de matrícula, entre outros”, frisou.

Sete associados da Coopervasf, do município de Santa Maria da Boa Vista, viajaram mais de 600 km até Recife para participar do curso.  Com assembleia ordinária agendada para o dia 13/3, essa foi a oportunidade de esclarecer as últimas dúvidas e de oportunizar o acesso ao conhecimento.

“Sugeri que os associados participassem para que pudessem entender um pouco do trabalho que é realizado pela diretoria e os procedimentos necessários à manutenção de uma cooperativa”, frisou o presidente Gilvan Gomes. Sobre a participação no programa de monitoramento do Sescoop/PE, a Coopervasf ainda está na fase inicial, mas já percebe as vantagens.

“É um aprendizado. Às vezes, podemos esquecer um documento e expor a cooperativa. Uma falha da diretoria pode afetar todos os sócios. Monitoramento não é fiscalização, é uma iniciativa que visa a aumentar a nossa segurança”, concluiu Gilvan.

A participação no curso do PAGC envolveu não apenas associados, mas também colaboradores de cooperativa. Foi o caso da Coopestar, do Ramo Trabalho, que marcou presença com três representantes, sendo um deles funcionário da área de Recursos Humanos da cooperativa. Trata-se da preocupação cada vez maior da gestão em incluir e difundir o conhecimento acerca dos procedimentos corretos nos mais diversos setores.

“É muito importante o conhecimento sobre como funciona a elaboração de atas, editais e a tramitação jurídica junto à Jucepe. Isso é importante não apenas para os dirigentes, mas para os demais também”, afirmou o presidente Augusto Cabral.

Com AGO marcada para o dia 26/3, as orientações jurídicas ajudaram nos últimos ajustes a serem feitos, e também nortearão assembleias extraordinárias que se fizerem necessárias ao longo do ano. Isso porque, a cooperativa pretende iniciar, ainda este mês, um novo projeto de construção de uma geriatria em sua sede. Trata-se de uma unidade de internamento para idosos que serão atendidos por uma equipe multidisciplinar com capacidade inicial para 20 pacientes. Frente a esse momento de expansão das cooperativas, o presidente da Coopestar, que conta hoje com mais de 300 associados, falou sobre o PAGC.

“É muito importante para nos adequarmos à lei e as regras do segmento, pois a adequação transmite credibilidade ao mercado. Se a cooperativa quer se destacar, ela precisa cuidar para que cada passo seja feito dentro das normas, garantindo um crescimento ordenado e bem acompanhado”, frisou.

Na parte da tarde, a bacharel em Direito e especialista em Cooperativismo, Poliana Cardoso, falou aos presentes sobre as tramitações na Jucepe, esclarecendo dúvidas sobre os documentos apresentados pelas cooperativas e os procedimentos adequados para resolução de pendências. A bacharel tem experiência de nove anos de atuação no órgão e viu o curso como uma oportunidade de estabelecer um relacionamento maior com os associados.

“No momento em que se paga uma taxa à Jucepe, os clientes esperam um serviço de qualidade.  Hoje aqui tentamos esclarecer as dúvidas e os procedimentos para minimizar alguns erros verificados. Este evento foi uma forma de aproximar o cliente e o prestador de serviço, de forma que possamos ter um contato mais pessoal. É importante ressaltar que sugestões de melhoria podem ser sempre apresentadas à ouvidoria da Jucepe”, concluiu. (Fonte: Assimp Sistema OCB/PE)

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