Cooperativas unidas para transformar o futuro

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Márcio Lopes de Freitas
Presidente do Sistema OCB e membro do Conselho Curador
da Fundação Nacional da Qualidade (FNQ)


Sem sombra de dúvida, o cooperativismo deu certo no Brasil. São cerca de 50 milhões de brasileiros ligados ao movimento cooperativista que, no dia 2 de julho, mostram sua força e realizam o Dia C – Dia de Cooperar com milhares de ações voluntárias ocorrendo simultaneamente por todo o país, celebrando ainda o Dia Internacional do Cooperativismo. E apesar do momento político e econômico delicado, estamos fazendo nosso dever de casa e pensando no futuro. Tivemos inúmeras conquistas, mas, sem dúvida, é hora de unirmos forças para a retomada de crescimento do país e essa data abre um excelente canal para ampliarmos os debates e avançarmos ainda mais.

Em outras crises econômicas, como em 2008, por exemplo, o cooperativismo fez uso dos seus diferenciais de participação democrática, independência e autonomia e mostrou realmente ser capaz de mitigar os efeitos de uma situação econômica ruim, posicionando-se como um segmento robusto e visionário.

Tanto é que dados do Ministério do Desenvolvimento da Indústria e Comércio Exterior (MDIC) apontam o potencial econômico das cooperativas brasileiras. Ao analisar o compilado das exportações e importações em 2015, podemos notar o crescimento de 1,3% no valor total exportado por elas, alcançando a cifra de US$ 5,3 bilhões. Com isso, atingimos 148 mercados internacionais no período.

E é para isso que o cooperativismo trabalha: para injetar resultados financeiros na economia e ânimo nas pessoas e instituições. O Sistema OCB composto por três entidades (OCB – Organização das Cooperativas Brasileiras, SESCOOP – Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo e CNCOOP – Confederação Nacional das Cooperativas) tem atuado em parceria com o governo federal e organizações internacionais visando à promoção dos produtos e serviços cooperativos em fóruns mundiais, como por exemplo, o BRICS, a fim de viabilizar novos negócios tanto para as cooperativas quanto para o país.

Além de comemorar as conquistas, o movimento cooperativista brasileiro sabe muito bem o que pretende para um horizonte de médio e longo prazo. No ano passado, demos início a implementação de um planejamento sistêmico estratégico para o período 2015-2020, com uma visão de futuro para todo o setor: “até 2025, o cooperativismo brasileiro será reconhecido pela sociedade por sua competitividade, integridade e capacidade de gerar felicidade aos seus cooperados”.

E para alcançarmos essa meta, é necessário superar os principais desafios elencados nesse planejamento estratégico: qualificar a mão-de-obra para o setor; profissionalizar a gestão e a governança do sistema; estimular a intercooperação, promover a segurança jurídica e regulatória e, por fim, fortalecer a representatividade, a cultura cooperativista, a imagem e a comunicação do movimento.

Certamente, esses passos nos ajudarão a colher os frutos de um bom trabalho, feito de sol a sol, um dia após o outro. E, como cooperativistas convictos que somos, temos tudo que é necessário para vencer esse desafio, tornando o cooperativismo reconhecido por suas particularidades e benefícios, em especial por sua competitividade, integridade e capacidade de promover a felicidade dos cooperados. Então, mãos à obra porque o futuro nos espera!

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