Cooperativismo de crédito é discutido durante seminário sobre microfinanças

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O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, falou sobre “O cooperativismo de crédito transformando realidades no Brasil”, no VII seminário de Microfinanças do Banco Central do Brasil, nesta quarta-feira (01/10), em Belo Horizonte (MG). O evento é uma realização do Banco Central do Brasil e conta com apoio da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB).

Freitas apresentou uma macro análise do setor cooperativista brasileiro, destacando números do setor como os 7,7 milhões de associados e a geração de 6% do PIB brasileiro. Ele também ressaltou dados do cooperativismo de crédito como o total de R$ 1,8 bi/ano, correspondente à agregação de renda pela diferença de menores taxas e tarifas em relação ao Sistema Financeiro Nacional (SIF) comercial. “Estima-se em mais de R$ 500 milhões/ano a geração de impostos pela permanência da renda em mãos da comunidade. É importante salientar que tudo isso ocorre com apenas a participação de apenas 2% das cooperativas de crédito no SFN”, disse o presidente do Sistema OCB. 

Márcio Lopes de Freitas ainda apresentou diversos programas e ações desenvolvidas no Sistema, com destaque para o Cooperjovem como ferramenta indutora para a difusão da educação cooperativista junto às crianças do ensino fundamental.

No mesmo dia, José Salvino, presidente da Confederação Nacional das Cooperativas do Sicoob, falou sobre a atuação em sistemas verticalizados do cooperativismo de crédito. Salvino relembrou o desenvolvimento do sistema cooperativo pós a Revolução de 1964. Centrando seu tema no Sistema Sicoob, do qual é dirigente, ele explicou que a verticalização começou com a criação das centrais e, posteriormente, com as confederações, sempre com foco no associado.

“Devemos ressaltar a importância do sistema verticalizado para a economia de escala em custos e investimentos, economia de escopo, economia tributária e para o aperfeiçoamento dos mecanismos de supervisão das cooperativas”, comentou. Salvino também fez considerações sobre a necessidade de uma boa governança corporativa para o sucesso dessa verticalização e também do sistema.

A economia solidária, por sua vez, foi representada pelo vice-presidente do Sistema Ancosol, Cláudio Risson. A Ancosol atua principalmente em locais de baixo índice de desenvolvimento econômico, baixa oferta de serviços financeiros e grandes necessidades sociais. Seu objetivo é atenuar essas carências por meio de atuação localizada, identificação com os associados, estímulo a projetos habitacionais e capacitação cooperativa. Além disso, a entidade busca a ampliação horizontal de suas atividades e iniciativas voltadas para racionalização e ampliação de eficiência operacional, tais como criação da Confederação das Cooperativas de Crédito Rural com Interação Solidária (Confesol)

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