Cooperativismo de Crédito se mantém forte em Pernambuco

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Recife (1º/6) – O Brasil passa atualmente por uma forte crise financeira. Mesmo com o cenário adverso, as cooperativas de crédito têm se tornado uma alternativa mais acessível, como, por exemplo na concessão de empréstimos, considerando as altas taxas praticadas por bancos privados. O resultado é o crescimento forte do segmento em todo o Brasil nos últimos meses. E em Pernambuco não é diferente.

Das 1.100 cooperativas de crédito no Brasil, 10% localizam-se no Nordeste do país, sendo que Pernambuco conta com as duas maiores da região, ambas filiadas ao Sistema Unicred Norte/Nordeste: a Pernambucred (voltada para todos os servidores públicos do estado) e a Unicred Recife (com foco nos profissionais na área de saúde). Cada vez mais profissionalizados, os gestores têm identificado inúmeras oportunidades no processo de fusões e incorporações, proporcionando ganho estrutural e visando o aumento de escala em seus negócios.

De acordo com o presidente da Pernambucred, Giovanni Prado, o aumento e a qualidade das incorporações vem promovendo "uma economia administrativa, um crescimento no número de pontos de atendimento, além de maiores resultados para os cooperados, que são usuários e, ao mesmo tempo, donos do empreendimento", declara.

Giovanni explica, também, que outro fator para o crescimento do Cooperativismo de Crédito é a credibilidade que transmite. Ele ressalta ainda que os resultados anuais e as crescentes vantagens nos produtos e serviços em relação ao mercado financeiro tradicional são inegáveis. "O mercado financeiro é um mundo de oportunidades. As cooperativas de crédito, hoje mais apropriadamente denominadas de cooperativismo financeiro, quando bem administradas e fiscalizadas, são excelentes instrumentos de educação, de inclusão e de saúde financeira do cidadão", destaca.

PERFIL DIVERSIFICADO – O perfil do cooperado financeiro é diversificado. Segundo pesquisa divulgada em 2013 pelo Banco Central do Brasil (BACEN), 80% dos cooperados pessoas físicas são homens e 20% mulheres. Quanto à faixa etária dos tomadores de crédito, os dados mostram que 47,1% têm entre 31 e 50 anos e 42,5% têm mais de 51 anos, e os pouco mais de 10% restantes têm menos de 30 anos de idade.

O vice-presidente da OCB/PE para o Ramo Crédito, Ruy Araújo Lima, comenta que o crescimento do cooperativismo financeiro é resultado do constante investimento em capacitação de dirigentes e colaboradores, das incorporações de cooperativas menores a outras maiores, bem como da filiação das cooperativas a uma grande central, por exemplo, o Sistema de Cooperativas de Crédito Brasileiro (SICOOB).

"Existem no Brasil inúmeros sistemas de cooperativas de crédito. Se houvesse a junção desses sistemas, o cooperativismo financeiro brasileiro cresceria espetacularmente. Ainda assim, a expectativa de um desenvolvimento mais intenso para os próximos anos baseia-se na transformação para cooperativas de livre admissão de associados, as quais funcionam com as mesmas características de um banco, porém mantém os mesmos princípios e regras do cooperativismo de crédito", diz o vice-presidente.

FISCALIZAÇÃO – O trabalho bem estruturado tem sido bem visto pelo Banco Central, que acompanha de perto o desenvolvimento das entidades. O monitoramento das cooperativas de crédito por parte do BACEN foi instituído ano de 1967 por meio do Decreto 60.597/67. Embora tenha sido um instrumento legal da ditadura militar, a decisão proporcionou maior credibilidade e segurança aos associados.

"Para além do trabalho de monitoramento efetuado semestralmente, o BACEN tem exercido um excelente papel educacional de esclarecimento ao cidadão e nas exigências de qualificações dos gestores", acrescenta o presidente da Pernambucred, Giovanni Prado. (Fonte: Assimp Sistema OCB/PE)

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