Cooperativismo é ferramenta de ressocialização e inclusão no mercado de trabalho
Cooperativas oferecem desenvolvimento profissional em presídios de Rondônia e Pará, apostando na capacidade de superação dos internos
Brasília (21/8) – Além de ser considerado um modelo econômico alternativo e viável, capaz de gerar emprego, renda e qualidade de vida para comunidades inteiras ao redor do mundo, o cooperativismo também possui outra vertente muito forte: a social. Graças a ela, o movimento cooperativista extrapola os aspectos econômicos e evidencia o compromisso do setor com a sociedade. Para se ter uma ideia de o quanto esta máxima é verdadeira, em dois estados brasileiros – Rondônia e Pará – o trabalho cooperativo tem dado a oportunidade de detentos planejarem um futuro concreto, de oportunidades, fora dos presídios.
Em 2013, em Ananindeua (PA), no Centro de Recuperação Feminino (CRF), foi constituída a Cooperativa de Trabalho Arte Feminina Empreendedora (Coostafe), primeira do país formada apenas por detentas que confeccionam produtos posteriormente vendidos em feiras de artesanato realizadas no município e na capital, Belém. As cooperadas inseridas nos regimes semiaberto e aberto se encarregam das barracas.
Em Rondônia, a Cooperativa de Trabalho Multidisciplinar para o Desenvolvimento da Amazônia (Cootama), por meio de parceria com as secretarias de Estado de Segurança Pública, de Justiça (Sejus) e do Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplan) e apoio do Sistema OCB/RO, desenvolve o projeto 3Rs: Ressocializar, Reciclar e Reutilizar. Em quatro unidades prisionais da capital, Porto Velho, a cooperativa, comandada pela professora aposentada Dulce Braga, ensina reeducandos a transformarem pneus usados, linhas de crochê, garrafas pet e outros itens em objetos de decoração.
O assunto é um dos destaques da edição número 18 da Revista Saber Cooperar, disponível aqui (para ler a reportagem sobre as cooperativas formadas por presidiários, avance até a página 26).