Cooperativismo financeiro: boa alternativa aos juros altos

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Campo Grande (21/10) – Elas aparecem como alternativa para as instituições bancárias tradicionais. Com os mesmos serviços dos bancos, juros mais em conta e a possibilidade de dividir ganhos no final do ano, as cooperativas financeiras ou de crédito têm ganhado espaço no sistema financeiro nacional e a simpatia de muitas pessoas que tem aderido à modalidade financeira.

Na região Norte, a adesão ainda é pequena. Apenas 3% das aproximadamente 1.200 cooperativas espalhadas pelo País se concentram na região e menos de 1% estão no Amazonas. O número contrasta com outras regiões como a Sudeste que possui mais de 40% das unidades de cooperativismo do Brasil.

Apesar do percentual ainda tímido, segundo o diretor financeiro do Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (Sicoob) na Região Norte, Edson Quevedo Soares, o cenário pode se modificar nos próximos anos. A expectativa é de que o número de cooperativas no Norte chegue a 10% do total nos próximos 10 anos. “Para tanto precisamos de informação porque, embora seja vantajoso, o brasileiro e, sobretudo o nortista, desconhece as características do setor.

Diferenciais - O executivo explica que assim como os bancos, a cooperativa de crédito é uma instituição financeira, autorizada e fiscalizada pelo Banco central fiscalizada pelo BC. “A diferença é que, ao contrário dos bancos que são sociedades de capital, a cooperativa é uma reunião de pessoas, com o objetivo comum de movimentar seus recursos a um custo financeiro menor do que o praticado no mercado”.

Outra diferença, conforme Soares é de que no cooperativismo, a decisão não é de quem tem mais capital, e sim, feita em uma assembleia de associados. “Os cooperados não são clientes. São sócios. Como sócios, eles utilizam produtos e serviços e geram uma riqueza (sobras) que são distribuídas no final do exercício, na proporção da movimentação financeira que cada um fez e não do capital que cada um possui”, esclarece.

Dúvidas frequentes - Um dos principais motivos para a modalidade ser pouco difundida, segundo o diretor financeiro, são as dúvidas relacionadas aos serviços oferecidos.

Entre as mais comuns está a ideia de que é preciso de um grande capital para se associar a uma cooperativa. “O valor para participar pode ser a partir de R$ 100. Se for uma cooperativa para trabalhadores rurais, o valor será um. Se for para grandes empresários, será outro”, explica Soares.

Outro receio é sobre a disponibilidade de produtos como cartões de crédito e talões de cheque. “Os mesmos produtos dos bancos são oferecidos pelas grandes cooperativas”, garante.

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