Cooperativismo mineiro alavanca economia brasileira
O resultado foi Impulsionado pelos produtos como o café (aumento de 45%), seguido do lácteo (96%), percentuais equivalentes a US$ 192,4 milhões e US$17,9 milhões, respectivamente. Entre os principais destinos dos produtos de cooperativas do Estado estão: Estados Unidos, Bélgica, Alemanha, Espanha, Japão e Holanda. O grande destaque do período ficou a cargo da soja, produto que ingressou na pauta das exportações em 2007 e já representa 9% das receitas – valor correspondente a 74 mil toneladas do grão.
Os números são reveladores do grande potencial econômico do segmento cooperativista que, segundo o presidente do Sistema Ocemg/Sescoop-MG, Ronaldo Scucato, é exemplo empresarial de sucesso, focado em princípios de responsabilidade social e desenvolvimento sustentável.
Quase 30 mil mineiros estão empregados em cooperativas hoje. Informações contidas no Anuário do Cooperativismo Mineiro, publicado pelo Sistema em outubro, revelam que a renda média de trabalhadores mineiros, em 2007, foi de R$789. Nesse mesmo ano, o salário médio de empregados em cooperativas mineiras foi de R$1.046 – valor 32,6% maior.
A participação do cooperativismo no Produto Interno Bruto (PIB) mineiro é de 6,5% – o que representa uma movimentação econômica de R$ 13,3 bilhões. Além disso, os investimentos diretos em meio ambiente, comunidades e em cultura e lazer, somam R$ 776 milhões. Os números mostram o potencial do segmento que reúne 13 ramos: agropecuário, consumo, saúde, habitacional, produção, crédito, especial, infra-estrutura, turismo e lazer, trabalho, educacional, transporte e mineral.
Perspectivas 2008
De acordo com o presidente do Sistema Ocemg/Sescoop-MG, Ronaldo Scucato, a expectativa é que em 2008 o segmento tenha um crescimento ainda maior. “Se a economia mundial continuar aquecida, com aumento do PIB dos países emergentes, haverá aumento da demanda pelos itens relativos à alimentação e, se continuarem baixos os estoques mundiais, a perspectiva é muito boa para os países produtores, caso do Brasil. O crescimento da demanda impactará as exportações brasileiras de café, grãos, produtos lácteos e carnes, favorecendo as cooperativas”.
Scucato ainda acrescenta a necessidade de agregar valor aos produtos primários para ampliar o ganho nas transações internacionais. Segundo ele, isso só será possível por meio da qualificação da mão de obra. “Um dos grandes objetivos do Sistema Ocemg/Sescoop-MG é capacitar e proporcionar estrutura adequada para a qualificação cada vez mais expressiva no segmento. Sem dúvida, mão de obra qualificada é o grande gargalo para o crescimento da economia”, ressalta o presidente. (Com informações da Ocemg)