Cooperativismo pernambucano é apresentado a jornalistas

Brasília (17/5/17) – Um grupo de jornalistas de quatro estados brasileiros (SP, DF, PB e PE) tiveram a oportunidade de conhecer, in loco, como o cooperativismo é capaz de transformar realidades, por meio da geração de emprego e renda. Este foi o objetivo da segunda edição do projeto Intercâmbio de Jornalistas, promovido pelo Sistema OCB/PE, nos dias 10 e 11 de maio.

Os comunicadores visitaram quatro cooperativas localizadas no Vale do Rio São Francisco: Sicredi (Ramo Crédito), Unimed (Ramo Saúde), Coopexvale e Coana (ambas do Ramo Agropecuário). Para o presidente do Sistema OCB/PE, Malaquias Ancelmo de Oliveira, o objetivo é proporcionar aos jornalistas um mergulho no ambiente cooperativista para que, ao conhecerem melhor as vantagens e valores do cooperativismo, possam informar à sociedade de forma eficaz.

Confira abaixo a entrevista!

Por que o Sistema OCB/PE está realizando uma ação focada em jornalistas?

Malaquias Ancelmo – Descobrimos que um dos grandes desafios do cooperativismo é a gestão da informação. A sociedade pouco sabe sobre o que as cooperativas podem fazer pelas pessoas, municípios e economias, já que a cooperativa é um agente de desenvolvimento local, regional e nacional, não capitalista. Vale destacar que o cooperativismo permite a distribuição de renda, a agregação de valor, a produção de riqueza e assegura a participação e a democracia, propiciando a equidade com justiça social e a felicidade das pessoas.  A cooperativa é uma forma de empresa, gestora de negócios dos cooperados. Os jornalistas, a imprensa, os meios de Comunicação sabem pouco de tudo isso. Então, nosso dever é fazer com que os formadores de opinião conheçam na prática esse jeito mais humanizado de fazer negócio.

Qual a importância de o jornalista conhecer melhor o cooperativismo?

Malaquias Ancelmo – O jornalista é um multiplicador de informação. Ele precisa estar informado, conhecer e estar inteirado do que seja uma cooperativa, a sua doutrina e as suas práticas. Desta forma, ele poderá comunicar à sociedade aquilo que ela precisa conhecer sobre o cooperativismo e as vantagens de se fazer parte deste movimento que já está é realidade em mais de 100 países ao redor do mundo, englobando mais de 1 bilhão de pessoas.

Esta foi a segunda iniciativa deste tipo. A primeira ocorreu em novembro do ano passado. Já é possível medir o resultado?

Malaquias Ancelmo – Sim. Percebemos o aumento do interesse de participação dos jornalistas em nossos eventos e, também, na criação de pautas específicas. A nossa exposição na mídia, por consequência aumentou e isso beneficia a imagem do cooperativismo, fortalecendo as cooperativas pernambucanas. Também tivemos a chance de aprimorar alguns processos junto às cooperativas anfitriãs.

Por que as cooperativas do Vale do São Francisco foram escolhidas para ser apresentadas aos jornalistas?

Malaquias Ancelmo – São cooperativas que têm uma prática de gestão e governança exitosa. Além disso, elas trabalham produtos com uma dinâmica de mercado mais forte, ou seja, os resultados são facilmente observáveis. Vale ressaltar que os parreirais e mangueirais, por exemplo, possibilitam a captação de excelentes e fotos. Enfim, já têm experiência com a mídia. Além do que, Petrolina é uma cidade com boa estrutura hoteleira, gastronômica, atrações turísticas e boa logística.

O que representa a comunicação para o desenvolvimento das cooperativas?

Malaquias Ancelmo – A comunicação é ferramenta indispensável ao desenvolvimento. Quem não sabe para onde sopra o vento não tem porto favorável. Ela é a grande responsável por fazer chegar à sociedade todo o conjunto de vantagens do nosso movimento, que inclui as pessoas. Comunicar é dialogar com a alma das pessoas. Criar empatia. Valorizar o que lhe é próprio.

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