Coplana terá financiamento de R$ 19,5 mi do BB
Diretores da Coplana receberam, na Unidade de Grãos de Jaboticabal, na última quarta-feira (12/8), a visita do vice-presidente de Agronegócios do Banco do Brasil (BB), Luís Carlos Guedes Pinto. O objetivo foi apresentar a estrutura da Coplana, já que o Banco liberou R$ 19,5 milhões para o Ato Cooperativo do Amendoim, sistema que integra os produtores cooperados. O dinheiro foi adiantado aos produtores, enquanto a cooperativa comercializa o grão ao longo do ano.
Guedes ficou impressionado com a estrutura de beneficiamento e armazenamento de amendoim. “Realmente é uma surpresa. Eu já tinha ouvido falar, mas nada como a gente conhecer. Estou nesse momento nesse imenso armazém, um dos maiores do mundo, que dá essa opção para o nosso produtor da região”.
O executivo falou também dos benefícios da rotação de culturas, sistema em que a Coplana é pioneira no Brasil. “Além de produzir cana, [o produtor] tem uma renda adicional no momento da renovação [do canavial]. É importante para a conservação do solo, para a conservação ambiental.
Fortalece a região, porque cria empregos. Eu acho que é uma iniciativa extremamente louvável. Saio daqui muito bem impressionado”, afirmou.
Guedes destacou a relevância do cooperativismo por sua capacidade de alavancar a economia. “Nós, do Banco do Brasil, estamos convencidos que o sistema cooperativista é essencial para o desenvolvimento não só da agricultura, mas da sociedade em geral. Um sistema que estimula a produção de forma democrática. E no caso da agricultura, pelas peculiaridades da produção agrícola, isso é muito mais importante.
Precisamos aumentar o poder de barganha de negociação da agricultura e eu acho que uma das maneiras de fazer isso, talvez aquela mais importante, seja a atuação de forma associativa: a cooperação. Essa é uma razão pela qual achamos fundamental apoiar as cooperativas”, conclui.
O Banco do Brasil hoje financia 70% da agricultura familiar, com atuação em custeio, investimento e comercialização. Na safra 2008/09, 62% dos contratos de custeio de atividades de produção agrícola foram cobertas com seguro rural, equivalendo a 40% do financiado no país.
Alavancagem internacional – O vice-presidente da cooperativa, Roberto Cestari, disse que a saúde financeira, que garante credibilidade no mercado, mesmo em período de retração econômica, é fruto da profissionalização dos processos. “Hoje, na Coplana, temos um sistema de avaliação de riscos comparado ao dos bancos e todas as iniciativas passam por um preciso estudo da viabilidade”. Um dos exemplos da governança cooperativa, que confere transparência à gestão, foi a contratação, no ano passado, da empresa de auditoria Deloitte, uma das quatro maiores do mundo no segmento.
Em relação ao amendoim, a Coplana já é reconhecida internacionalmente por seus processos de alta qualidade. Comercializa o amendoim blancheado (sem a película), no Brasil e exterior, com destaque para a União Europeia, um dos mercados mais exigentes do mundo. Ignorando a crise mundial, que reduziu negócios no início de 2009, a cooperativa conseguirá ampliar suas exportações em, pelo menos, 30% este ano.
A qualidade do produto foi comprovada inclusive com uma iniciativa recente do Ministério da Agricultura, que enviou 60 fiscais à Unidade de Grãos da Coplana em Jaboticabal, no mês de abril, para que fizessem um treinamento relacionado aos processos do amendoim.
Dados 2008 - Recebimento da Coplana em 2008 - 52.000 toneladas de amendoim limpo em casca.
O volume corresponde a 17% da produção nacional, que foi de 303.000 toneladas. E corresponde a 24,5% da produção do Estado de São Paulo, que foi de 212.000 toneladas.
O volume exportado da Coplana em 2008 foi de 10.870 toneladas de amendoim em grão (sem casca), de janeiro a dezembro, o que representa 24,5 % das exportações brasileiras que chegaram a 44.360 toneladas.
Dados 2009 - Recebimento da Coplana em 2009 - 52.500 toneladas de amendoim limpo em casca. O volume exportado pela Coplana em 2009 crescerá 30%, em relação a 2008, alcançando 14.130 toneladas de amendoim em grão (sem casca), o que deve representar 31% das exportações nacionais. Exportações brasileiras devem repetir o volume do ano passado.
"