Crise: colchão amortecedor
* João Nicédio Alves Nogueira
Em meio à crise financeira mundial, o movimento cooperativista brasileiro mantém cautela e otimismo. Para os que fazem a Organização das Cooperativas Brasileiras no Estado do Ceará, a preocupação com a profissionalização da gestão é a melhor forma de preparar as empresas cooperativas para enfrentar qualquer crise.
Promovemos diversos cursos – da Especialização (Pós-Graduação) em Gestão de Cooperativas, em parceria com a UFC, ao PDL (Programa de Desenvolvimento de Lideranças), em parceria com a Unimed Fortaleza.
Como economia social, o cooperativismo tem que intensificar a busca de resultados econômicos efetivos por intermédio da cooperativa. A forma societária que privilegia a pessoa, e não o capital, torna a instituição socialmente mais justa.
Para o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) Márcio Lopes de Freitas, as consequências da atual crise para o setor relacionam-se aos preços das commodities agrícolas, a disponibilidade de crédito rural. Mas, acredita na capacidade de produtores e cooperativas para vencer as dificuldades. Lembrando: o faturamento das cooperativas brasileiras, em 2008, foi da ordem de R$ 82 bilhões.
Para o reitor da Universidade Federal do Paraná, Zaki Akel Sobrinho, “a cooperativa é um colchão que amortece a crise”. Enquanto em alguns países há desemprego em massa e forte recessão, no Brasil e, especialmente no Paraná, pela situação conjuntural favorável, ela não veio tão devastadora.
As cooperativas provocam transformações onde estão inseridas, são um ponto importante de manutenção da atividade econômica. Pela própria força e sinergia do sistema, resistem melhor às pressões e ameaças econômicas, fazendo-se um grande lastro para o desenvolvimento do País.
* Presidente do Sistema OCB-Sescoop/CE