Dirigentes do Sistema OCB definem prioridades para o cooperativismo da região Norte

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"O futuro do cooperativismo na região Norte está aqui nessa sala", declarou o presidente do Sistema OCB/Sescoop-AM, Petrúcio Magalhães Júnior, durante o I Fórum Regional de Presidentes e Superintendentes do Sistema OCB, realizado nesta quarta-feira (12/12), em Manaus (AM). Em pronunciamento aos colegas cooperativistas, o dirigente relatou que a direção atual da entidade tem uma série de propostas que começa pelo fortalecimento do sistema, visando estreitar a relação das entidades locais com a nacional. "É preciso o desprendimento de todos para levarmos as ações das entidades regionais aos cooperados, que devem ser o foco principal de todas as organizações estaduais", enfatizou.
 
Comandado pelo presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, o encontro reuniu presidentes e superintendentes das OCEs que compõem a região Norte do país para ouvir as demandas para desenvolvimento do cooperativismo local e incluí-las no planejamento estratégico sistêmico para o período 2014-2017.  Freitas garantiu que as demandas das cooperativas de todo o Brasil serão ouvidas nesse ciclo de reuniões com as lideranças locais. Afirmou, ainda, que capacitação, orientação e melhoria precisam chegar aos cooperados. “O Sescoop é a ferramenta para chegar a esses resultados”, reforçou. Sobre a representação política da entidade, declarou tratar-se de mais uma ferramenta a ser utilizada pelas cooperativas: “De nada adianta ter um bom representante, mas sim bons projetos, com fundamentos, para que os bancos analisem e possam liberar os recursos”. Freitas exemplificou um dos pontos a serem trabalhados pelo setor: “Os bancos analisam as cooperativas como se fossem empresas mercantis, quando deveriam entender que essas entidades não geram lucros para elas, mas sim aos cooperados. Pelo fato deserem geradoras de resultados e de empregos, as cooperativas também precisam ter acesso a créditos”.
 
Complementando a colocação de Freitas, o presidente Petrúcio Magalhães elencou que, hoje, as principais demandas das cooperativas da região Norte são: mais treinamento de qualificação de gestão e maior acesso ao créditos. Ele informou que o sistema cooperativista amazonense tem feito um grande trabalho no sentido da profissionalização dos cooperados, especialmente os dirigentes. Por outro lado, a entidade também tem entre suas prioridades a aprovação de uma lei estadual sobre cooperativismo.
 
De acordo com Petrúcio, a atual diretoria entende ser necessário fortalecer a Frente Parlamentar Cooperativista (Frencoop) em todos os níveis de poder, utilizando a estrutura já existente em Brasília. "Precisamos acompanhar, nas Casas Legislativas, a tramitação de projetos que vão beneficiar as cooperativas", explicou.
 
Impressões
Após o pronunciamento do presidente do Sistema OCB/Sescoop-AM, outros dirigentes  tomaram a palavra para revelar as demandas de suas regionais. Para Sansão Nogueira de Sena, presidente da Central das Cooperativas dos Piscicultores do Acre, as ações precisam chegar mais ao cooperado, principalmente na área de treinamento. Segundo ele, as cooperativas precisam ter o próprio banco para não depender dos políticos ou então se organizam com recursos próprios. Ricardo Khouri, presidente do Sistema OCB-Sescoop-TO, ressaltou que o Banco da Amazônia não empresta dinheiro às cooperativas porque as entidades têm em seu estatuto a determinação de não terem fins lucrativos, e “se não têm lucro, não têm como pagar o empréstimo”.
 
Já o presidente da Federação das Cooperativas da Região Norte (Fecoop Norte), José Merched Chaar, disse que os fundos foram politizados e os bancos criam problemas para liberar os recursos. "Os projetos são aprovados, estão regulares, mas ficam engavetados. É preciso fortalecer a Frencoop para que as cooperativas também possam receber recursos não retornáveis", defendeu o líder cooperativista.
 
(Com informações do Sistema OCB/Sescoop-AM)
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