EBPC celebra cooperação entre teoria e prática
Brasília (20/11/17) – Quando o assunto é cooperativismo, a teoria e a prática têm andado de mãos dadas pelo desenvolvimento das cooperativas brasileiras. E essa parceria – que envolve a rotina diária do setor e o estudo científico – está sendo celebrada de hoje até quarta-feira (22/11), durante a quarta edição do Encontro Brasileiro de Pesquisadores em Cooperativismo (EBPC).
O evento é uma realização do Sistema OCB e ocorre no auditório da Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec), em Brasília. O tema deste ano é: “Desenvolvendo negócios inclusivos e responsáveis: cooperativas na teoria, política e prática”.
Os objetivos são evidenciar o cooperativismo como um modelo de negócios diferenciado e que precisa ser estimulado local e regionalmente, e promover uma aproximação entre a área acadêmica e a realidade das cooperativas brasileiras.
Pesquisadores de todas as partes do país, além de representantes de unidades estaduais do Sistema OCB, acompanham a programação baseada em quatro eixos norteadores: identidade e educação, quadro legal, governança e gestão e capital e finanças.
Tempestividade
Durante a abertura do evento, o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, fez questão de ressaltar a velocidade com que tudo tem evoluído nos últimos tempos. Segundo ele, as cooperativas têm se empenhado em acompanhar as mudanças, entretanto, com o apoio dos pesquisadores acadêmicos esse ritmo de adaptação legal, operacional, mercadológica e social passa a ser muito mais tempestivo.
“As cooperativas precisam ser competitivas para dar resultados aos seus cooperados, por isso, é muito importante colocar em prática tudo aquilo que a academia pesquisa e desenvolve. As cooperativas subsidiam esses estudos com dados, informações, relatórios e documentos. E, como contrapartida, os pesquisadores devolvem estratégias diferenciadas, por exemplo, de como melhorar a rotina das nossas cooperativas”, argumenta Márcio Freitas.
Ao final de seu discurso, o anfitrião se disse muito grato pelo trabalho dos estudiosos. “Nós estamos muito agradecidos pela contribuição que as pesquisas de vocês trazem ao nosso movimento. Saibam que o sucesso de vocês é o sucesso das nossas cooperativas”, conclui.
Futuro
Para o secretário-executivo da Associação Brasileira de Instituições Financeiras de Desenvolvimento (ABDE), Marco Antônio Lima, o EBPC é uma grande oportunidade de pensar e planejar o futuro tanto do movimento cooperativista quanto da economia nacional.
GANHA-GANHA
Davi Moura, professor doutor e integrante do Comitê Científico do IV EBPC, também ressaltou a relevância da relação entre cooperativa e pesquisadores. Para ele, quando ambos os lados somam suas forças, o resultado obtido são benefícios bilaterais de fundamental importância para o desenvolvimento tanto de um lado quanto de outro.
Cooperação
Por fim, Danilo Barros Nassif Junior, coordenador do Programa de Pesquisa em Engenharias do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) anunciou a celebração de um acordo de cooperação com o Sistema OCB, visando a inclusão do cooperativismo no Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação. Para ele, o cooperativismo é a solução para muitos problemas socioeconômicos no país. A previsão é de que o acordo seja assinado ainda neste ano.
Programação
Logo após a abertura do evento, o analista técnico e econômico da OCB, Hugo de Castro Andrade, fez uma apresentação institucional sobre o papel de cada uma das entidades que compõem o Sistema OCB (Sescoop, OCB e CNCoop), discorrendo ainda, sobre os principais números do setor.
A programação desta segunda-feira terminou com o painel Quadro Legal e Identidade Cooperativa, moderado pelo pesquisador da Escola Superior de Cooperativismo (Escoop), do Rio Grande do Sul, Márcio de Conto, e que contou, ainda, com a apresentação dos professores Gustavo Diniz, da USP, e Hagen Henry, da Universidade de Helsinki, localizada na Finlândia.
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