Encontro promove a integração e fortalece ações no Paraná
Cerca de 180 profissionais envolvidos com o Programa Cooperjovem no Paraná estão reunidos em Curitiba (PR), nesta quinta e sexta-feira (22 e 23/10), para o Encontro Estadual do Cooperjovem. Participam do encontro coordenadores, professores e demais profissionais ligados ao programa nas cooperativas C.Vale, Castrolanda, Cocamar, Cocari, Confepar, Copacol, Copagril, Integrada, Lar, Nova Produtiva, Sescoop/PR e Sicredi PR.
Também estão presentes representantes do Colégio Cooperativa Educacional, de Foz do Iguaçu, e de cooperativas escolares da Argentina. Palestras sobre cooperativismo e meio ambiente, trabalhos em grupo, apresentação cultural e avaliação das atividades realizadas em 2009 fazem parte da programação do evento, que é realizado pelo Sescoop/PR e está na sua sexta edição.
Objetivo - "O encontro tem como objetivo fortalecer as ações para o desenvolvimento do cooperativismo, proporcionando aos agentes do programa integração para troca de experiências e melhoria do conteúdo pedagógico e, principalmente, valorizar a ação de cada um de vocês que são as pessoas que fazem do programa um orgulho para o cooperativismo", ressaltou o superintendente adjunto do Sistema Ocepar, Nelson Costa, durante a abertura do evento. Também participaram da abertura, a gerente de Apoio ao Desenvolvimento em Gestão (GEADG), do Sescoop, Andréa Sayar, e o gerente de Desenvolvimento Humano do Sescoop/PR, Leonardo Boesche.
Fazendo acontecer - Além de parabenizar a equipe do Sescoop/PR pelo trabalho em torno do Cooperjovem e pelos resultados alcançados no estado, a gerente da GEADG, Andréa Sayar, parabenizou os professores que, na prática, estão fazendo o Cooperjovem acontecer, colocando as teorias, os conceitos e os objetivos do programa em ação. "O projeto, no papel, aceita tudo, por isso é muito bom ver acontecer de forma concreta. Isto é brilhante", afirmou. Andréa também destacou o papel dos professores na vida de cada um. "Cooperação é cultura. E o trabalho que vocês, educadores, estão fazendo é plantar essa cultura na criança. Por isso, o trabalho de cada um que está aqui hoje têm uma grande relevância não apenas para o cooperativismo. Se essas crianças que participam do programa se tornarem cooperativistas, será ótimo. Mas se não se tornarem, que sejam cidadãos que mudem de fato as coisas ruins que todos os dias vemos na mídia. A cooperação é isso aí: é a vida da gente, é o dia a dia, é a cidadania. Parabéns, então, pela iniciativa que vocês estão tendo em tirar os princípios cooperativistas do papel e do quadro e colocá-los no coração", disse.
Cooperar e competir - Por que uma pessoa associa-se a uma cooperativa? Porque quando criança passou pela escola e lá participou do programa Cooperjovem, e isso despertou o cooperativismo para ela, ou porque assistiu a uma palestra, leu alguma matéria jornalística sobre o tema? "Não, a razão é muito mais forte. A pessoa coopera para poder competir", respondeu o gerente de Desenvolvimento Humano do Sescoop/PR, Leonardo Boesche, que abriu a programação de palestras do evento, falando sobre o tema "O Cooperativismo". Explicando a diferença sobre o que é cooperar e o que é competir, Boesche ressaltou que cabe a cooperativa equilibrar estas duas forças. "Competir e cooperar, pode até parecer que estas ações são conflitantes e até excludentes, mas necessariamente não é isso o que acontece. Muitas vezes, elas são complementares, uma depende da outra", afirmou.
Competitivo - Boesche lembrou ainda que atualmente vive-se num mundo extremamente competitivo. "Estamos constantemente competindo, com quem está ao lado, pela atenção, por espaço. Isto é importante. Mas a cooperação precisa ser estimulada, porque senão ela é esquecida. Este é o nosso grande desafio, por isso temos o Cooperjovem, e por isso temos trabalhos juntos às cooperativas visando estimular a cooperação para a que gente possa equilibrar a cooperação com a competição, que por sua vez é muito mais dinâmica, atuante, além do que sobrevive sozinha, pelas suas características próprias", frisou.
Uma nova geração - Segundo Boesche, o papel de cada um dos envolvidos no Cooperjovem é estimular cada vez mais a cooperação para que se possa criar uma geração diferente, mais cooperativa, que não deixa de competir, mas que faz isso buscando um equilíbrio. "Precisamos dessa geração, porque temos um mundo para cuidar. Queremos uma realidade melhor, e para isso temos que equilibrar as duas forças. Não adianta lutar contra a competição, tentar eliminá-la, porque isto é impossível. O que temos que fazer é fortalecer a cooperação, reforçar os seus conceitos, plantar essa semetinha que, no futuro, ajudará a criar uma e uma sociedade mais igualitária, mais humanizada", destacou.
O maior movimento social da terra - Em sua palestra, Leonardo ainda destacou o fato"