Era Tombini trouxe grandes avanços ao Sistema Nacional de Crédito Cooperativo
Com relação ao novo ministro, Sistema OCB continuará atuando para ampliar ainda mais a interlocução em prol da economia global do país
Brasília (13/6/16) – O novo presidente do Banco Central do Brasil, Ilan Goldfajn, assumiu o cargo na tarde de hoje, durante cerimônia interna, na sede da instituição, em Brasília. Ilan passa a ocupar a pasta no lugar de Alexandre Tombini, que presidia a autarquia desde 2011. Funcionário de carreira do Banco, sempre atuou em prol do desenvolvimento do cooperativismo, mesmo antes de ocupar a função de presidente – o terceiro mais longevo, já que ficou atrás apenas de Henrique Meirelles (oito anos) e de Ernane Galvêas (pouco mais de seis anos). Tombini deverá ser representante do Brasil no Fundo Monetário Internacional (FMI).
O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, que se encontra em Moçambique, participando da Assembleia Geral da Organização das Cooperativas de Países de Língua Portuguesa, entidade igualmente presidida por ele, fez questão de ressaltar a contribuição de Alexandre Tombini para o desenvolvimento do Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC).
MARCO – “O ministro Alexandre Tombini sempre foi um grande amigo e entusiasta do cooperativismo brasileiro. Com um olhar extremamente técnico, lançou inúmeros e importantes desafios ao movimento que, ao superar cada um deles, se fortaleceu e cresceu. Mesmo antes de assumir a presidência do Banco, Tombini empreendeu grandes esforços na elaboração e aprovação da Lei Complementar nº 130/09, que instituiu o Sistema Nacional de Crédito Cooperativo, um grande marco para o segmento”, relembra Márcio Freitas.
FGCOOP – Como presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, manteve o ritmo de contribuição ao movimento cooperativista de crédito. “Um dos muitos exemplos foi a criação do Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito, o nosso FGCoop, que conferiu um grande ganho de imagem às cooperativas de crédito que, para ele são um dos instrumentos mais eficientes no que diz respeito à educação e à inclusão financeira,” comenta Márcio Freitas.
ECONOMIA GLOBAL – Ao novo presidente do Banco Central, ministro Ilan Goldfajn, o presidente desejou sucesso e colocou o movimento cooperativista à disposição da instituição. “O Banco Central é o regulador das nossas cooperativas de crédito e a nossa relação institucional sempre foi muito profícua. Todos os avanços que o SNCC obteve no âmbito do BCB são fruto de muito trabalho e de envolvimento com a economia do país, sempre com os objetivos de manter o poder de compra da moeda e de assegurar a solidez do Sistema Financeiro Nacional. E é assim que esperamos manter esta relação e, por isso, o Sistema OCB está inteiramente à disposição do novo ministro para ampliarmos, ainda mais, o diálogo e a continuidade das muitas ações desenvolvidas em prol do Brasil”, argumenta Márcio Freitas.
LINHA DO TEMPO – Alexandre Tombini ocupou a função de Diretor de Normas e Organização do Sistema Financeiro do Banco Central do Brasil, entre abril de 2006 e dezembro de 2010, e presidia a instituição desde janeiro de 2011. Confira na linha do tempo abaixo as principais conquistas do movimento cooperativista, com o apoio de Tombini.
- 2007
Resolução CMN 3.442/07 – Ampliou o limite populacional para as cooperativas de livre admissão e permitiu a constituição de entidade própria e especializada de auditoria externa.
- 2009
Lei Complementar 130/09 – Grande marco do cooperativismo de crédito. Instituiu o Sistema Nacional de Crédito Cooperativo. À época, Diretor de Normas do BCB, Alexandre Tombini, foi um dos grandes atores nesse processo de construção da LC 130. A lei passou a regular o funcionamento das cooperativas de crédito sob a égide do art. 192 da Constituição Federal.
- 2010
Resolução CMN 3.859/10 – Atualizou e consolidou as regras para a constituição e funcionamento das cooperativas de crédito.
Resolução 3.897/10 – Instituiu o Regime Prudencial Simplificado para as cooperativas de crédito, visando conferir padrões de observância diferenciados (redução de custos de observância), conforme o porte, complexidade e riscos das operações de cada cooperativa de crédito.
- 2012
Resolução 4.150/12 – Cria os requisitos e estabelece as características mínimas para a constituição do Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito (FGCoop).
- 2013
Resolução 4.284/13 – Aprova o Estatuto e o Regulamento do Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito (FGCoop). A partir de então, o FGCoop se torna uma realização do Sistema Nacional de Crédito Cooperativo.
- 2015
Resolução 4.434/15 – Dispõe sobre a constituição, a autorização para funcionamento, o funcionamento, as alterações estatutárias e o cancelamento de autorização para funcionamento das cooperativas de crédito e dá outras providências. Marco normativo que altera a classificação das cooperativas de crédito, conferindo-lhes mais autonomia, menores custos de observância e possibilidade de expandirem suas bases de cooperados. A Resolução foi anunciada, em 5 de agosto de 2015, durante um evento com o próprio Banco Central intitulou de Novo Ciclo do Cooperativismo de Crédito no Brasil.