Especialistas e cooperativistas debatem redução de custos no setor energético
Curitiba (27/6/17) – Com o objetivo de debater oportunidades de modelos no setor energético para o cooperativismo foi realizada na sede da Ocepar, em Curitiba, a reunião técnica do Fórum de Energia, que reuniu profissionais de cooperativas paranaenses dos ramos Agropecuário e de Infraestrutura, além de especialistas do setor.
Ao fazer a abertura do fórum, o superintendente da Fecoopar, Nelson Costa, destacou que a energia elétrica é o terceiro item na ordem de importância na composição dos custos das cooperativas agropecuárias. “Daí a necessidade de se discutir as alternativas possíveis em busca da redução desse custo”, pontuou.
Segundo o coordenador da Gerência Técnica e Econômica da Ocepar (Getec), Sílvio Krinski, com a verticalização das cooperativas agropecuárias dos setores de grãos e carnes, em busca de agregação de valor às commodities, houve aumento da demanda e consumo de energia. “Diante disso, o que buscamos é controlar melhor o impacto dos custos do uso de energia nos processos de transformação e acabamento dos produtos”, acrescenta.
Krinski diz que, para reduzir custos, é preciso entender o comportamento do mercado de energia. “Quando falamos de mercado com as cooperativas basicamente nos referimos ao mercado de commodities de grãos e de insumos, mas muito pouco ao de energia. São poucas as pessoas que têm a visão de cenário e de comportamento deste mercado. Daí a importância de introduzirmos a temática de perspectivas desse setor nos fóruns que promovemos, pois, com isso, buscamos definir ações que as cooperativas podem adotar internamente para trabalhar uma gestão mais segura sobre os custos de energia”.
Para o presidente da Copel Comercialização S/A, Franklin Miguel, que falou sobre mercado de energia e ajuste tarifário, um caminho em busca de economia e redução de custos é comprar energia no mercado livre. “Atualmente, para as cooperativas, o mercado livre é vital. Como estamos passando por uma crise e a pressão por redução de custos é elevada, imagine ficar no mercado regulado onde não se consegue negociar absolutamente nada, o que tem de se pagar é o que a Aneel decide em termos de tarifa para a concessionária e pronto. No mercado livre, é possível pressionar o fornecedor para reduzir o valor da energia”, pondera.
(Fonte: Sistema Ocepar)